quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

PARA ALGUNS SERES ESPECIAIS


Tenha sempre presente,
que a pele se enruga,
que o cabelo se torna branco,
que os dias se convertem em anos,
mas o mais importante não muda !

Tua força interior e tuas convicções não tem idade.
Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha.

Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada trunfo, há outro desafio.

Enquanto estiveres vivo, sente-te vivo.
Se sentes saudades do que fazias, torna a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amareladas.
Continua, apesar de todos esperarem que abandones.
Não deixes que se enferruje o ferro que há em você.
Faz com que em lugar de pena, te respeitem.

Quando pelos anos não consigas correr, trota.
Quando não possas trotar, caminha.
Quando não possas caminhar, usa bengala.
Mas nunca te detenhas !!!!!

Madre Teresa de Calcutá

O AQUI E O AGORA


Foto: “Faça o que quiser, mas não prejudique ninguém”.


"Não critique!
Procure antes colaborar com todos, sem fazer críticas.
A crítica fere, e ninguém gosta de ser ferido. E a criatura que gosta de criticar, aos poucos, se vê isolada de todos.
Se vir alguma coisa errada, fale com amor e carinho, procurando ajudar.
Mas, sobretudo, procure corrigir os outros, através de seu próprio exemplo".

Foto: "... Esforço-me para tentar lembrar Tudo o que antes aprendido eu teria, Os segredos esquecidos da Lua, A Deusa e toda a Sua sabedoria..."  

(A canção da Lua)

O Aqui e o Agora

"O minuto que você está
vivendo agora
é o minuto mais importante
de sua vida,
onde quer que você esteja.
Preste atenção ao que está fazendo.
O ontem já lhe fugiu das mãos.
O amanhã ainda não chegou.
Viva o momento presente,
porque dele depende todo
o seu futuro.
Procure aproveitar ao máximo
o momento que está vivendo,
tirando todas as vantagens que puder,
para seu aperfeiçoamento".

The Old Ways

The Old Ways (Tradução)

As vibrações trovejantes estao me chamando para casa a você
O mar batendo esta me chamando para casa a você

Sobre um novo ano escuro esta noite
Sobre a costa Oeste do Clare
Eu ouvi sua voz cantando
Seus olhos dançaram a canção
Suas mãos tocaram a melodia
Foi uma visão diante de mim

Nós sentimos a musica anterior e a dança conduzir adiante
Assim como roubamos para longe a margem do mar
Nós cheiramos a agua tão salgada, sentimos o vento em nossos cabelos
E com tristeza você hesitou

Repentinamente soube que você teria de ir
Meu mundo nao foi seu, seus olhos assim me disseram
Ainda agora isto estava aqui eu senti as encruzilhadas do tempo
E eu quis saber o motivo

Assim como lançamos nosso olhar fixo nas cambalhotas do mar
Uma visão chegou diante de mim
Das causas trovejantes e asas batendo
Nas nuvens acima

Assim como virou-se para ir ouvi você chamar meu nome
Você foi igual a um passaro numa gaiola batendo asas a voar
"Os velhos modos estão perdidos" você cantou assim como voou
E eu quis saber o motivo.

All Souls Night Loreena McKennitt

Noite de Todas As Almas


Fogueiras pontuam as colinas ondulantes
Figuras dançam em círculos
Para tambores que vibram em ecos na escuridão
Movendo-se com a música pagã.

Em algum lugar em uma memória oculta
Imagens flutuam diante de meus olhos
De noites perfumadas de palha e fogueiras
E de dança até o próximo alvorecer

Posso ver luzes na distância
Tremeluzindo no escuro manto da noite
Velas e lanternas estão dançando, dançando
Uma valsa na Noite de Todas as Almas.

Figuras de palha de milho curvam-se nas sombras
Seguras tão ao alto quanto as chamas alcançam
O cavaleiro verde guarda o arbusto sagrado
Para marcar por onde o ano velho passa

Posso ver luzes na distância
Tremeluzindo no escuro manto da noite
Velas e lanternas estão dançando, dançando
Uma valsa na Noite de Todas as Almas.

Fogueiras pontuam as colinas ondulantes
Figuras dançam em círculos
Para tambores que vibram em ecos na escuridão
Movendo-se com a música pagã.

De pé na ponte que cruza
O rio que vai para o mar
O vento é preenchido por milhares de vozes
Elas passam pela ponte e por mim.

Posso ver luzes na distância
Tremeluzindo no escuro manto da noite
Velas e lanternas estão dançando, dançando
Uma valsa na Noite de Todas as Almas.

Posso ver luzes na distância
Tremeluzindo no escuro manto da noite
Velas e lanternas estão dançando, dançando
Uma valsa na Noite de Todas as Almas.

domingo, 27 de janeiro de 2013

AS AMAZONAS


"Ninguém depois de acender uma lâmpada a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama, mas a coloca em um velador, para que os outros possam observar a luz. Pois, não há nada escondido que não se torne manifesto, tampouco há nada cuidadosamente oculto que nunca se torne conhecido, e nunca venha à tona"
(LUCAS, Cap. 8, Vs. 16/17)




Na Antiga Grécia, bem antes da vinda de Cristo a Terra, eram narradas histórias sobre mulheres que andavam a cavalo, manipulavam o arco e a flecha com rara habilidade e se recusavam a viver com os homens em seus territórios. Estas exímias guerreiras eram conhecidas como Amazonas, das quais nem os mais destemidos soldados poderiam fugir com vida. 

Os historiadores Homero e Heródoto não eram meros romancistas. Eles deixaram para a posteridade fatos históricos - e além de tudo altamente relevantes, assim como as mais recentes evidências vieram provar. Aquelas mulheres eram violentíssimas - disse Heródoto - para vencer os homens no campo de batalha e serem aceitas como uma potência respeitada e temida, precisavam ser as melhores militares possíveis, versadas em todas as artes da guerra desde a infância; e também tinham que usar a arma do medo. Daí cultivavam a fama de serem guerreiras realmente impiedosas, que jamais faziam prisioneiros. No máximo, deixavam apenas uns poucos sobreviventes fugirem para contar a história e espalhar o terror.

Eram combatentes terríveis, fazendo sempre ataques devastadores para assegurar a reputação de invencíveis. Como eram mais leves que os homens, avançavam mais velozes a cavalo, e na maioria das batalhas venciam sem tocar os pés no chão. Foram elas que inventaram o machado de guerra, arma de dois gumes que era o símbolo do poder matriarcal em Creta. Seu grande trunfo era o uso do arco e flecha, e equilibravam-se a galope atirando.



Também encontraram uma saída original para as limitações do físico feminino. Para manter a mira certeira mesmo em movimento, com as alças das bainhas de armas cruzando o peito, elas cortariam metade do busto, ficando sem (a) um seio (mazo). Mas a cirurgia de extração do seio (mastectomia) talvez fosse feita por só uma tribo; elas sempre foram representadas com dois seios.

A mutilação seria uma lenda dos homens para assustar as moças, desencorajando-as da idéia de largar a família e se juntar ás amazonas. A destreza inigualável de derrotarem exércitos sempre a cavalo tornou o nome delas o equivalente feminino de cavaleiro. Cultuavam o Deus da Guerra e a Deusa da Caça e só atacavam em grandes batalhões de cavalaria avassaladores, trucidando a todos e dominando as noções de estratégia e tática das falanges que seriam usadas mais tarde pelos atenienses e espartanos.

Os registros dizem que elas adoravam os seus cavalos, e reverentemente os cremavam quando morriam nas batalhas.

Estranhamente, também nas ruínas do Império Romano encontramos referências - escritas e gravadas - a essas mulheres e aos encarniçados combates contra elas travados pelos legionários romanos.

O mais estranho ainda é que existem relatos históricos da presença dessas mulheres guerreiras até mesmo na antiguidade da América do Sul, espalhando-se desde o Peru até o atual território brasileiro! 


Elas enlouqueciam os homens gregos, inspirando-lhes sentimentos contraditórios de raiva, admiração, medo, inveja e desejo. Rivais insuperáveis, adversárias imbatíveis e fêmeas inconquistáveis, só lhes restava imaginar fantasias. E esse desejo frustrado de conquista era desabafado na mitologia. Com um ou outro grande herói grego vencendo e desposando uma Amazona, mesmo temporariamente, a fantasia coletiva dos gregos era irreprimível. Mesmo Aquiles se apaixonou perdidamente pela rainha Pentesiléia, "de beleza tão divina mesmo após a morte" que ele até matou um companheiro grego que tentou maltratar o corpo dela. Os atenienses nos cemitérios militares faziam grandes homenagens póstumas nos túmulos das suas adoradas inimigas. 

"Matadoras de Homens" (Heródoto), naturalmente, o pensamento bélico delas era criado por sua própria situação única e extraordinária de minoria isolada de sexo frágil sob risco de extermínio. Para minimizar os riscos, preferiam se esconder habitando áreas afastadas, mas também impor respeito e temor. Como odiavam o mundo do patriarcado, elas não podiam confiar em ninguém, e nem poderiam se dar ao luxo de escravizar outro povo, como os espartanos. Assim, a doutrina militar das Amazonas era baseada no princípio da concentração máxima de força para assombrar qualquer exército e esmagá-los numa onda avassaladora.

A primeira rainha amazonas teria se chamado Hipólita (égua solta, indomada). Uma vez por ano, a fim de assegurar a sua descendência, elas visitavam os gargáreos, uma tribo vizinha e aceitavam a união com homens

O fenômeno que marcou o desaparecimento da sociedade das amazonas também definiu o início da Idade do Ferro: a Guerra de Tróia por volta de 1000 a.C. Quando os metalúrgicos da Grécia continental aprenderam a dominar a técnica de fundir o ferro – metal mais duro, pesado e resistente – e produzir o aço que rompia os escudos e armas de bronze dos troianos, a então nascente Grécia virou a mesa e destruiu o maior império colonial da Antiga Era.

Já se falava sobre as Amazonas lutando ao lado de Tróia na Ilíada de Homero, a primeira narrativa do Ocidente; mas se na época houve registros de sua existência, eles desapareceram na devastadora guerra contra o Império comercial de Tróia, cuja grande capital ficava na porta de entrada do Oriente e controlava as rotas comerciais da Ásia. O evento foi tão cataclísmico que não houve vencedores: todas as civilizações do Mar Mediterrâneo foram varridas do mapa, incluindo a Grécia.

"E os soldados gregos, horrorizados com aquela cena tão chocante e brutal, atiraram-se ao mar, gritando: Androcthones! (assassinas de homens). Heródoto, "o pai da História", documentou relatos do século 5° aC, descrevendo um grupo de mulheres que enfrentaram os gregos na Batalha do rio Térmidon, em sua capital Themiscira, na Ásia Menor. 


Numa batalha comum da época, morreram apenas 20% dos soldados de cada lado. Surpresos e impressionados com a resistência e bravura das soldadas, os gregos não executaram as prisoneiras, que foram levadas em navios para serem vendidas como escravas. Eles ainda não sabiam com quem estavam lidando. Mas a surpresa maior viria em seguida. Elas se libertaram, tomaram o controle dos navios e mataram todos os soldados gregos a bordo. Relatos dos sobreviventes que se lançaram na água testemunham que o plano delas era exatamente esse: conseguir um transporte por mar.

Mas, sem experiência na Marinha e inábeis para navegar, as mulheres mudaram o curso, seguindo as correntes do Mar Negro até as costas do Cáucaso – exatamente onde as lendas as situam. As Amazonas de Heródoto atingiram o território dos Cítios, um povo nômade guerreiro de arianos do Cáucaso.

Essas mulheres guerreiras, diz Heródoto, casaram com os Cítios e os convenceram a migrar para as planícies de campos da Eurásia, cruzando as altas montanhas do Cáucaso e os desertos do Mar Negro até se fixarem nas estepes russas – o povo russo usa o alfabeto grego.

A arqueóloga norte-americana Jeannine Davis-Kimbal, PhD, que pode ser considerada com louvor a Schliemmann do século XXI. Estudando profundamente a saga das Amazonas, conforme relatado por Heródoto, ela em 1995 seguiu as pistas dessa misteriosa raça de mulheres guerreiras por vários países do mundo. 

A primeira evidência direta do status dessas mulheres guerreiras veio com as escavações arqueológicas recentes. Isso se confirmaria em 1996, com a descoberta de tumbas de fósseis de mulheres armadas para a guerra e a caça nas planícies russas. Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas perto de Pokrovka, nas estepes do sudeste da Rússia, encontram-se soldadas enterradas com armamento militar, muitas com ferimentos de batalha. Junto com espelhos, brincos, colares e outros adornos femininos ricamente elaborados em ouro.

seguindo as velhas pistas deixadas por Heródoto que Jannine e a sua equipe finalmente chegaram a um local denominado Pokrovka, dando início aos seus trabalhos de busca aos vestígios das famosas mulheres guerreiras da antiguidade!

E foi exatamente lá em Pokrovka que a arqueóloga encontrou uma profusão de túmulos subterrâneos circulares, centenas, cuidadosamente postados sob "mounds" e simetricamente ordenados! 


Dando início aos trabalhos de escavações, que duraram quatro anos, a equipe de Jeannine Davis-Kimbal contando com o auxílio da Academia de Ciências da Rússia, deparou-se com as mais espantosas surpresas: 

Todos esses túmulos com a idade de mais de 2 mil anos - originários do Século VI Antes de Cristo - continham esqueletos e os seus adereços. Só faltava mesmo constatar se eram de mulheres!

Sim, todos eles eram de mulheres, exceto aquele contido em outro túmulo! E além de tudo enterrados de modo a representar que foram mulheres realmente acostumadas a cavalgar, como se pode ver pelos ossos das pernas simbolicamente arqueados!



Este esqueleto pertenceu a um homem que por algum motivo fora sepultado pelas mulheres com honras. Ao lado dele foi encontrado o esqueleto de uma criança.

Mas centenas desses esqueletos de mulheres foram encontrados, alguns ostentando marcas de ferimentos em batalhas, provando assim que a equipe da Dra. Jeannine estava prestes a realizar uma das maiores descobertas arqueológicas do século!

Denotando o caráter guerreiro, em todos aqueles milenares túmulos foram encontradas inúmeras pontas de flechas, adagas, escudos e armaduras. As pontas de flechas, aliás, foram achadas às centenas e a descoberta de conchas atestava que essas mulheres guerreiras vieram do mar.

Espelhos, brincos, colares, enfim tudo o que através dos tempos sempre fez parte da vaidade feminina também estava presente naquelas derradeiras moradas das últimas das Amazonas. Porém, a arqueóloga norte-americana ainda não estava satisfeita:



Remeteu alguns esqueletos para laboratórios de modo a se certificar de que eram mesmo de mulheres e para que os seus fragmentos fossem submetidos aos exames de DNA de modo a identificar e isolar as características daquela perdida raça de mulheres guerreiras. Mais tarde constatou-se que era mesmo um tipo de DNA diferente, uma vez que não era o DNA das atuais populações locais! Em síntese, aquelas mulheres vieram mesmo de outros lugares e pertenciam a um tipo étnico completamente diverso! 

E finalmente, a longa busca da Dra. Jeannine não foi em vão. Em uma distante aldeia encontrou uma menina LOURA, nove anos de idade, A ÚNICA EM MILHARES DE QUILÔMETROS E CUJO NOME ERA MEIRAMGUL - dotada de um tipo físico completamente divergente de todas as populações locais! Seus familiares (e nem mesmo a sua mãe) conseguiam explicar como ela nascera assim "diferente" da sua raça. Meiramgul, aliás, era por eles considerada uma aberração. Além disso, a menina montava a cavalo com enorme desenvoltura. Jeannine Davis-Kimbal e a sua equipe ficaram perplexos: estaria ali a resposta final para a sua longa busca?

Só havia um meio de saber: o DNA da pequena Meiramgul, uma lenda viva, foi colhido através de sua saliva e enviado para exames de DNA. Quando a esperada resposta chegou desde milhares de quilômetros dali, exatamente do mesmo laboratório onde estavam os demais esqueletos das mulheres guerreiras achados na Rússia, eis a surpresa; O DNA MITOCONDRIAL DE MEIRAMGUL ERA O MESMO CONTIDO NOS ESQUELETOS DATADOS DE MAIS DE 2 MIL ANOS ATRÁS! 



Significando que, por um desígnio qualquer da sábia Natureza, ela é a ÚLTIMA DAS AMAZONAS, a última das valentes mulheres guerreiras do passado distante! De alguma forma, de geração em geração, um gene perdido no tempo e no espaço sobreviveu por mais de 2 mil anos e maravilhosamente se manifestou nessa menina que habita na solitária vastidão dos desertos da Mongólia. Chame-se a isso reencarnação, ressurgência genética ou, seja lá o que for, por certo dá uma lição de humildade não somente nos céticos, como também nos concede uma enorme e grandiosa lição: não se pode jamais fugir da verdade - é inútil - de uma forma ou de outra; sempre e inevitavelmente colidiremos com ela - uma vez que mais cedo ou mais tarde ela surgirá, emergirá do seu longo sono e forçosamente se manifestará, tal como já estava mesmo escrito há mais de 2 mil anos:

Durante milhares de anos, as superguerreiras assombraram o mundo com seus feitos. Mesmo vivendo discretamente em reinos isolados, tiveram uma história que se alongou por mais dois milênios após o fim da Idade do Bronze onde reinaram supremas.

As Amazonas venceram os maiores imperialistas – os islâmicos. Elas impuseram a humilhação absoluta aos piores machistas – os muçulmanos. Desde então, a ilha de Lemnos celebra a vitória do maior herói nacional, ou melhor, heroína nacional. Uma das principais atrações turísticas de Lemnos, a estátua de Maroula, relembra a bem-sucedida defesa da liberdade. 


FONTE DE PESQUISA: Obra de Homero e Heródoto




quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

SER SENSATO


Estou compartilhando este texto com vocês.  Recebi por e-mail desconheço o autor.

Uma boa leitura.

Sensato é todo aquele que consegue aceita-se do modo em que realmente é. Essa é a chave de ouro que abrirá as portas de teu jardim interior. E, nesse jardim crescem magníficas árvores que ainda não conheces e flores que só você pode cultivar. Tu és o único que pode fazer enxertos e transformá-las, plantar novas plantas e retirar outras; tu és o único que poderá ter acesso a teu jardim, podendo embelezá-lo ou convertê-lo em estéril como um deserto. Então, aceites ser o "jardineiro" de ti mesmo e descobrirás que teu trabalho é similar a de muitos outros e então te tornarás mais compreensivo, mais disposto e menos crítico para com os outros.
Responsabiliza-te pelo teu papel e percorras o caminho em que te espera a Vida e, ao longo dessa viagem, te darás conta que o caminho se converterá em uma espiral que se alonga até o infinito.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Combate à intolerância religiosa é festejado com grande evento no Rio



Nesta segunda-feira (20), Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o evento "Cantando a Gente se Entende" festejar a a data na Cinelândia, no Centro do Rio. 

A festa tem o objetivo de valorizar a liberdade religiosa e o respeito a todas as crenças. Candomblecistas, católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, budistas, entre seguidores de outros credos estarão reunidos no local, a partir das 9h.

Eles participarão juntos de atividades culturais e momentos litúrgicos. As celebrações religiosas acontecerão às 9h, 12h, 15h e 18h com a união de sacerdotes de diversos credos, a exemplo do que ocorreu na Cúpula dos Povos, na Rio+20, em junho de 2012.

Nesta segunda-feira (20) é Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e a data vai ser comemorada com um show essa noite, na Cinelândia. O evento "Cantando a Gente se Entende" é promovido pela Globo Rio.

O objetivo do encontro é estimular a boa convivência entre seguidores de religiões e credos diferentes. O público poderá, ainda, conhecer um pouco mais sobre a história e as tradições de diferentes religiões; participar de atividades culturais e curtir apresentações de corais, capoeira e dança. Shows gratuitos com Arlindo Cruz, Padre Omar, Ogam Tião Casemiro, Ogam Bambala e Varda encerram o evento promovendo a união de diferentes credos por meio da música.

“O criador, quando nos criou, não disse que só tinha um caminho. Tem vários caminhos. A convivência pacífica, fraterna e respeitosa de várias religiões é fundamental. A sociedade compreender isso, que tem vários caminhos e que não existe um caminho único, ter respeito, e que o ódio não faz parte da criação de Deus é importante”, destacou Ivanir dos Santos, um dos organizadores do evento. O evento também recolhe donativos para as vítimas das chuvas de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.


FONTE: GOOGLE

Combater a intolerância religiosa


Na historia da humanidade, muito sangue já foi derramado por causa da intolerância religiosa. Na Antiguidade, as autoridades romanas perseguiram os cristãos; na Idade Média, hereges e judeus foram vítimas da Inquisição e das Cruzadas. E, a partir do século XIX, a intolerância religiosa se mesclou ao racismo e ao extremismo políticos, produzindo massacres e genocídios e culminando no Holocausto, quando seis milhões de judeus, ciganos, religiosos e militantes políticos antitotalitarismo foram exterminados pelo regime nazista.

Por ser um país de origens culturais e religiosas as mais diversas, o Brasil produziu um sincretismo muito rico, que sempre atuou como um freio contra a intolerância. Apesar disso, o crescimento da diversidade religiosa no país nas últimas décadas acabou propiciando o surgimento de atitudes e práticas intolerantes em relação a credos minoritários.
Em função disso – e para incentivar o direito constitucional à liberdade de consciência e de crença –, o Governo Federal criou em 2007 o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado neste 21 de janeiro. A data homenageia a sacerdotisa umbandista Mãe Gilda, que sofreu um infarto e morreu depois de ter sido insultada por um jornal de outra denominação religiosa.

Para se cortar o mal da intolerância pela raiz, é necessário uma ação de educação dos cidadãos por meio da difusão de uma cultura de paz que promova o respeito à alteridade e às diferenças – sejam elas étnicas, culturais ou religiosas. Como disse o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. 

A B’nai Brith do Brasil – entidade de defesa dos direitos humanos que atua desde 1843 e cujo significado, em hebraico, é Filhos da Aliança – se une aos esforços de todos aqueles que acreditam que a intolerância deve ser combatida não com os seus próprios métodos, mas, ao contrário, com a firme defesa dos direitos humanos e a difusão dos valores democráticos.
FONTE: Abraham Goldstein é presidente da B’nai B’rith no Brasil

domingo, 20 de janeiro de 2013

A VELHA RELIGIÃO SEGUINDO AS ANTIGAS TRADIÇÕES


O herege não é aquele que é queimado na fogueira, mas sim aquele que acende a fogueira. (Willian Shakespeare)

Escolhi essa frase para ser o ponto de partida nessa breve aventura no universo da Bruxaria e de seus protagonistas, as Bruxas, Bruxos, Sacerdotisas, Magos, Feiticeiras (os) e Guardiões, pois talvez nenhuma outra traduza de forma tão clara a realidade que temos vivenciado em séculos de intolerância e radicalismo. 

Como é possível seguir algo que esta a tanto tempo perdido no tempo? Sim é muito difícil requer muito estudo, dedicação e uma intuição bem treinada. O estudo é nossa maior fonte de conhecimento para praticarmos nossa religião, porque através deste que retiramos boa parte de nossas praticas ritualísticas.



A velha religião não está gravada em nenhuma pedra filosofal e não pode ser encontrada em nenhum livro sagrado. Não existe nenhum apanhado de dogmas a serem seguidos, porque a Velha Religião está gravada na vida, nos seus ciclos naturais e é se vivendo intensamente COM DISCIPLINA, RESPEITANDO A HIERARQUIA, acatando e respeitando as Sacerdotisas , respeitando as regras básicas de convivência em grupos que cada um de nós, pratica e estabelece vínculos com a nossa divindade e com a nossa Deusa e o nosso Deus. 

Conhecimento é poder, e quanto mais sabemos melhor podemos fazer, mais conectados ficamos com nossa ancestralidade e com nossos Deuses e Deusas, ser um Bruxo ou Bruxa Tradicional não é fácil, pois não encontramos tudo resumido em um simples livro, não nos contentamos com perguntas sem respostas, queremos saber a raiz de tudo, o porque de cada ritual, o motivo mitológico por trás de cada festival, o poder por trás de cada divindade antes de adorá-la, talvez seja este o motivo que muitos Bruxos e Bruxas Tradicionais não gostem de aparecer, por este motivo que encontrar um material sobre a Bruxaria Tradicional é muito raro e difícil, reunir todas estas informações requer um tempo e uma dedicação que nem todos estão dispostos a compartilhar.



Por tudo isto estudei e estudei, li, cavei. À medida que escrevia com paixão, me tornava rouca, cada vez mais rouca, como se gritasse para multidões. Resgatava a voz daquelas mulheres que foram minhas mães e avós, aquelas mulheres que fui para além da minha identidade. Resgatava a voz daquelas mulheres que não puderam se expressar por séculos, que morreram em meio à dor, violência e solidão. Eu cavava e sentia que as informações floresciam no meu coração tendo brotado do próprio fundo escuro da Terra... O ventre-terra, que guarda os ossos das minhas velhas mães, das minhas outras irmãs, os ossos que são meus, são seus também. 

Desejava pedir desculpas e colocá-las no colo, colocar a nós todas por tanta injustiça e traição patriarcal. O que havia acontecido com todos nós?
Resolvi cavar mais fundo, penetrando na densidade desse cemitério de ossos da Mãe Terra. Até que algo diferente aconteceu. Ouvi em minhas memórias, meu corpo, minhas palavras a canção mais antiga que havia experimentado até então.



Compreender o fenômeno da Bruxaria requer deixar de lado a nossa visão romântica perpetuada pelo imaginário popular com representações que reduzem as Bruxas e Bruxos a caricaturas do Mal. 

As Bruxas e Bruxos existiram e ainda existem. E, da mesma forma que no passado, atuam na construção social de sua época como objeto de purificação de uma sociedade dominada por religiões institucionalizadas e por conceitos e dogmas que não exercitam o nosso autoconhecimento, mas ao contrário, querem tornar todos de um mesmo jeito, como se fôssemos todos iguais, sem anseios nem sonhos tão diferentes.

Toda religião é sobre a criação - não simplesmente as história e lendas de como um criador e criadora produziram o universo, mas como os homens, mulheres e crianças participaram na geração corrente do universo. A criação nunca está concluída é um processo contínuo e eterno. Em algumas tradições nativas, as pessoas cantam para que o sol se levante ao nascer o dia e cantam para que ele se ponha ao crepúsculo. Há nisso uma sabedoria profunda que não pode ser repudiada pela afirmação que o sol pode perfeitamente nascer ou pôr-se sem a ajuda humana. A conversão do dia em noite, do inverno em primavera devem ser atividades tanto humanas quanto divinas. Como seguidoras da Velha Religião, as Bruxas e Bruxos tomam parte ativa no que chamamos girar a Roda do Ano e participarem no curso das estações. Os mais antigos mistérios está no cerne de minhas próprias crenças espirituais. É o que as Bruxas designam por “ A Velha Religião". Somos criadoras e criador do universo.



Bruxas e Bruxos não forçam ninguém a fazer algo que agrida seus princípios e crenças e bruxas não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias. Como pode-se notar quando se fala em Bruxo ou Bruxa dá-se uma conotação completamente deturpada do que eles praticam e cultuam. 

O Bruxo e a Bruxa não precisa de aprovação de seus pares e não precisa sequer trabalhar em grupo, quando o faz, juramentos sagrados são feitos para preservação de um vínculo de absoluta confiança e grandeza gerada pelo amor fraternal – um reconhecimento de humildade perante os Mistérios, dos quais ninguém é portador absoluto.

Por fim, gostaria de ressaltar que o que foi escrito aqui de forma muito simplificada é o que encontra comprovação histórica, e como certa vez um Sábio da Arte disse, há “história da magia e a magia da história”. Cabe a cada um escolher seu caminho.



Existem dores que só as Mulheres sentem. Os homens podem crer que levam o peso do mundo em suas cabeças (e isso pode até ser real), porém as mulheres carregam as dores e lágrimas da humanidade nos seus corpos. Existem dores intensas que só uma mulher pode ter, são dores relacionais. Toda a pessoa humana que já existiu um dia esteve no corpo de uma mulher, e foi em algum momento alimentada por uma mulher. Esse é o tipo de memória atávica que não se apaga. Não importa o seu gênero, na sua primeira lembrança e no mais íntimo de você, está uma mulher. Escute-a e a deixe chorar.

(Reflexões de uma sacerdotisa sobre a Deusa, as mulheres e os homens)


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sou Herdeira da Deusa


Sou herdeira das Deusas, Rainhas e Sacerdotisas do passado e as represento hoje aqui trazendo a magia e a força da Grande Mãe à Terra. Nos momentos difíceis da minha vida, nos momentos em que me faltar sabedoria, acredito e tenho a ajuda das minhas antepassadas. Que no momento que eu olhar o céu noturno eu saiba que tenho a mesma força das mulheres e homens que reinaram antes de mim e o fizeram guiados pela Sabedoria da Grande Deusa. Que eu como sacerdotisa da Grande Mãe jamais esqueça o meu caminho e quando isto me ocorrer que sempre e sempre eu me religue ao poder da Terra Mãe e a força do Senhor da Natureza. Que eu não tenha medo de olhar o mundo como minhas antepassadas que reinavam sem medo em suas comunidades, países e reinos. Que eu seja sempre a sacerdotisa que acende a fogueira e conhece todos os caminhos do Grande Rito. Que eu seja a bruxa e a feiticeira, a senhora que conhece os segredos da terra e da magia, que eu seja a Senhora da Vida, senhora do meu próprio destino e rainha de mim mesma exercendo minha própria soberania.Que eu jamais me permita subjugar ou controlar um ser para igualmente jamais ser subjugada e controlada. Que eu sempre me lembre que todos os alimentos com que me nutro, as frutas, as ervas, as sementes e os vegetais, o leite e o pão, os animais que lavram a terra e os seres que voam provem do Útero da Mãe e como tal sejam sempre louvados e abençoados para que a colheita da minha vida, da minha alma seja sempre farta. Que não haja em mim medo da morte e da mortalha e que eu saiba que sempre e sempre ressurgirei para uma nova vida, até que eu tenha toda a sabedoria e possa me deixar levar, minha alma pelas mares do fluxo da Grande Mãe. Que eu jamais tema a mim mesma, e minha face escura de senhora das mortalhas, ceifadora, rainha do caos, amante e feiticeira pois todos as Faces são Uma e nisto esta a sabedoria. Que eu jamais tema a velhice e o tempo em que o sangue sagrado cessa de ser deitado a Terra, pois após a Jovem e a Mãe, sou a Grande Sábia, a Velha Anciã, a sacerdotisa de tempos passados e nisso se conserva toda a minha juventude e sabedoria. Por isso sou maga, sacerdotisa e feiticeira.

Que assim se faça

FONTE: GOOGLE

O PODER DA SENHORA DA VIDA

Eu recebi este texto por e-mail e resolvi compartilhar. Desconheço o autor. Uma boa Leitura


A DANÇA COM A SENHORA DA VIDA

Do meu Útero tudo vem e e para Ele tudo voltara
Nada,absolutamente nada escapa a minha vontade
Assim como concedo a vida concedo a morte
E da morte vem o recomeço
A chave da transformação

Naquele momento eu estava de pé diante de meu primeiro Caldeirão,Derramei um pouco de Água Dentro dele e espalhei as ervas sagradas da Deusa Hera Dentro dele:

Senhora da Vida e da verdade
Seja minha guia nesta jornada
Retire o Véu que tapa meus olhos
Liberte minha Alma
Está noite a Sua Grande Senhora
Minha Deusa Hera
Senhora da Lua!

Naquele momento eu senti o poder da Deusa Hera fluindo atraves do meu corpo e da minha alma e dexei o Poder dela falar mais alto:


Eu sou a vida e amorte,Sou teu caminho e sou teu destino

Você andava perdida
E eu te dei a resposta
Você andava sem vida
E eu lhe dei um porposito
E eu serei sua guia
Nesta intenssa viagem ao fundo do ser
Liberte sua alma e venha a minha presença

Eu agora não sabia se ra a Deusa ou eu quem murmurava estas palavras,eu estava em transe e aquilo já não me importava.Por um momento o Poder foi muito forte e eu quase cai ,mas me segurei firme na pedra-achada por acaso numa floresta- e pedi o auxilio de minha mestra.


A vida e a morte são uma so coisa no pensamento Dela
Se com minha vida ou com minha morte
Eu for util aos propositos da Deusa
Então estarei feliz e plena.

Agora as vozes diziam para eu falar meu nome em voz alta:

Eu sou Gaia Lil,feiticeira e sacerdotisa da Deusa!

As vozes aziam perguntas e queriam ver se eu sabia as respostas:

Você abriria mão do amor de um homem pela Deusa?

A Sacerdotisa respirou fundo e disse:

Sim

Foto: Se você falar com os animais, 
eles irão falar com você.
E assim, vocês conhecerão um ao outro.
Se você não falar com eles, 
não os conhecerá...
...E aquilo que você não conhece, você teme.
... E aquilo que se teme, se destrói.

Você mudaria todo seu caminho se fosse da vontade Dela?

Sim-respondi denovo

Você abriria mão do amor de todas as pessoas pelo Poder e pelo Conhecimento Sagrado

Não-minha resposta foi firme

NÃO ABRIRIA

Então esta aceita-responderão as vozes.

Naquele momento senti que uma mão não permita que eu tomba se no chão,pos o ritua me deixara exausta.

Mas eu aguentei e senti o Poder da Deusa vibrando sobre mim-uma sensação que so quem se dedica a Ela de corpo e almo pode compreender-

Gaia,a sacerdotisa feia como um duende ,mas bela e altiva usando o Poder da Deusa...

Oração á Mãe

 

Mãe nossa que estais no céu, na terra e em toda parte, bendita seja tua beleza e que a tua abundância encha de frutos a árvore da minha vida, torna-me forte e solidária na dor, bela e desprendida no amor.

Grande Mãe, senhora da vida e da morte, ajuda-me para que não mais me entregue à aflição, à tristeza e à ansiedade, nem permita que os desgostos me atormentem ou as coisas desagradáveis da vida me inquietem, afastando cada sombra da minha vida, iluminando todas as minhas estações...

Que eu saiba respeitar os caminhos de todos os seres.

Que o propósito maior guie meus passos

e que a batida do meu coração possa se unir ao toque do coração da terra

e assim possamos pulsar em um só ritmo. 


Que as estrelas me guiem nas noites escuras e o sol brilhe intensamente em meu corpo.

Que a Grande Deusa que habita dentro de mim seja meu refúgio,

refresque e alegre meu espírito,

santifique cada palavra e cada ato meu, purifique meu coração,

iluminando minha consciência e meus poderes.

Que me dê o perdão, se por acaso eu falhar

e me torne capaz de perdoar os que falharem comigo e a mim mesma.

Que eu dance nua, sem medo ou vergonha de enfrentar meu próprio reflexo.

Que o teu nome e o teu poder sejam o meu nome e o meu poder,

mas ajuda-me a ser humilde...

a fim de que meu coração se torne pleno de teu amor.


Que eu possa conservar a fé, sempre, e que jamais encontre desculpas para o oportunismo!

Que eu saiba enxergar e retribuir cada gesto de amor

que encontrar nas pessoas da casa, parentes e amigos.

Que a comida servida na mesa de minha família, seja conquistada pelo meu trabalho.

E que eu possa sempre acolher em nossa mesa,

aqueles que querem partilhar conosco o alimento sagrado.

Que a minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza,

da fama e do privilégio, mas que os que não andam descalços,

também encontrem o caminho que chega a minha casa.

Mãe, abençoe meu sexo, tão delicado e sensível ao toque mais suave

e ainda assim entretanto, forte o suficiente para aguentar o milagre da gestação e do parto...

meu útero, tão fértil, tão parecido com minha Deusa,

os meus seios que nutrem minhas crianças e me fazem sentir a plenitude de ser mulher..

Eu sou uma Bruxa.

E o poder da Grande Mãe, que ilumina e protege, está dentro de mim.

Assim sempre foi, assim sempre será,

e que o círculo nunca se rompa. 

Fonte: Google


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tithânia


Eu sempre serei aquele que é sustentado
Por seu poder de liberdade, és ar,
Eu sou fogo que queima
Sou a chama que não deve ser apagada,
E mesmo no mais rigoroso inverno 
Lutarei para resistir a investida da nevasca
Somente para manter o calor da vida em teu ser
Mas como diz a palavra trazida por Aisling, 
A Deusa Celta da Esperança e das Fadas
Navegarei de volta ao meu ponto de origem 
Eis que um guardião não morre, apenas adormece
Sou aquele que com humildade e amor 
Caminha sobre a humanidade moderna
Sou filho do grande Deus bom Dagdha
Escolhido pela esmeralda verde, Dannu,
Minha Mãe e Senhora do portal Verde
Afilhado de Gwyn Ap Nudd e Ainennh
Sou aquele que guarda as portas
De Glastonbury, Annwn,
Ou das ilhas mágicas flutuantes
Sou remanescente de um tempo que não existe
Tal qual os homens atuais imaginam
Sou aquele que está no orvalho
Na grama verde com seus pequeninos
Habitantes tais quais faíscas verdes de esperança
Nasci e fui consagrado diante do grande espírito 
Do carvalho, consagrado um dragão verde
Um druida, um bardo mais que isso
Sou um filho dos sonhos que continua e 
Continuará lutando pela honra, justiça
E real igualdade entre homens e mulheres
Pois o sagrado do Deus e da Deusa 
Devem estar unidos na Sagrada Sincronia 
Eis que dois mundos se tocaram, e sempre vão se tocar
E onde houver um circulo, um esbhá ou um sabatt
Ou mesmo um distante clamor a Deusa e ao Deus,
Preenchido dos valores do código,
Eu, Norhuyas Abramesth Smaragdus,
Aquele que tem mil formas como o Deus,
Aquele que vai a todos os lugares e está com todos
Serei o elemento a zelar 
No éter, no ar, no fogo, na água e na terra
Pois Eu Sou Guardião dos sonhos, príncipe desse lugar
Onde o coração de criança acessa com tanta facilidade,
Quando sentir que os sonhos estão sendo sufocados
Pela dura realidade, não esmoreça, pegue seu athame,
Sua varinha encantada, pelos elementais,
Abra o circulo e grite bem alto
Eu nunca deixarei de sonhar.

FONTE: GOOGLE

domingo, 13 de janeiro de 2013

VALORES MATRIFOCAIS


“Somos parte da Terra e Ela é parte de nós. A Terra não pertence ao homem, o homem é que pertence a Terra. Todas as coisas são interligadas, assim como o sangue nos une a todos. O homem não teceu a teia da vida, é apenas um de seus fios. O que quer que ele faça à teia, fará a si mesmo.”


A Fonte Criadora nas culturas matrifocais era a Grande Mãe primordial, chamada por inúmeros nomes e venerada pela multiplicidade dos seus aspectos e atributos como a Mãe Terra, a Senhora dos animais, vegetais e frutos, a Mãe das montanhas, dos rios e da chuva, das pedras, das colheitas, do Sol, da Lua e das estrelas, da noite e do dia, das nuvens, dos raios e dos ventos

A sociedade Celta era Matrifocal, isto é, o nome e os bens da família eram passados de mãe para filha. Homens e mulheres tinham os mesmo direitos, sendo a mulher respeitada como Sacerdotisa, mãe, esposa e guerreira, participando das lutas ao lado dos homens. O culto da Grande Mãe e do Deus Cornífero predominaram nas regiões da Europa dominadas pelos Celtas, até a chegada dos romanos, que praticamente dizimaram as tribos Celtas.

Porém, em muitos lugares, a religião da Grande Mãe continuou a ser praticada, pois havia certa tolerância por parte dos romanos, chegando certos ramos da Religião Antiga a incorporar elementos do Panteão Greco-Romano, especialmente na Bruxaria Italiana.

Podemos perceber em todas as lendas pagãs, bem como nos contos de fada, a presença poderosa do arquétipo da Deusa Anciã, Senhora dos ciclos, transições e transmutações, cujos significados e atributos não eram ignorados ou distorcidos, mas conhecidos e reverenciados com sabedoria e aceitação das leis inexoráveis da vida e da morte, seguidas de renovação e renascimento. Cabe a nós, Bruxas e Bruxos seguidoras da Tradição da Deusa, honrar e compreender as leis do eterno girar da Roda Cósmica e Telúrica manifestadas nos inúmeros aspectos, situações e eventos da nossa trajetória humana, vivendo plenamente e sabiamente a realidade presente e confiando na proteção e orientações divinas. É gente muito estranha as Bruxas. Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Gente que fala com plantas e bichos. Dança na chuva e alegra-se com o sol. Cultuam a Lua como Deusa e lhe faz celebrações...Eh!!



Gente muito estranha essas Bruxas. Falam de amor com os olhos iluminados como par de lua cheia. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, com a mesma energia das grandes marés, que vão e voltam em uma harmoniosa cadência natural. Apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentores suas lágrimas e sofrimentos. Amam como missão sagrada e distribuem amor com a mesma serenidade que distribuem pão. Coragem é sinônimo de vida, seguem em busca dos seus sonhos, independente das agruras do caminho. Essa gente vê o passado como referencial, o presente como luz e o futuro como meta. São estanhas as Bruxas! Acreditam no poder do feminino, estão sempre fazendo da maternidade a sua maior magia e através da incessante luta pela paz. 

Nós Bruxas temos a mania de pensar... Desenvolvemos o hábito de questionar tudo em volta, por isso não temos gurus, guias espirituais ou pastores, pois entendemos que somos capazes de nos responsabilizarmos por nós mesmas e pelos nossos atos.

Acreditamos que a nossa natureza mais profunda, a que chamamos de ESSÊNCIA PRIMORDIAL, é divina e a ela damos o nome de DEUSA INTERIOR. Sabemos que somos idênticas ao princípio da criação, assim buscamos explicar a intensidade da nossa crença.

Descobrimos a nossa verdadeira identidade a partir do comprometimento que assumimos com a devoção aos nossos Deuses, e principalmente com a nossa DEUSA INTERIOR.



Ao resgatarmos as nossas origens, ao retirarmos os véus, do mais leve ao mais denso do nosso Ego, encontramos a nossa verdadeira identidade mágica.

Ao nos depararmos com a nossa identidade ilusória através das buscas de nós mesmos, quando a nossa Deusa Interior desperta, e em situações extremas na busca do autoconhecimento, nos entregamos aos bons combates contra as inúmeras armadilhas do Ego.

A Mãe Dor nos acolhe, nos aconchega e nos mostra, geralmente com formas amargas através do espelho da alma, quem somos verdadeiramente. E, na expressão extrema de nós mesmos nos debatemos, e não queremos aceitar essa identidade, pois a identidade ilusória criada pelo Ego é sempre mais bonita e confortável. A realidade superficial ilusória desta identidade nova é trabalhada com um senso tão agudo de minúsculos detalhes, que o resultado é totalmente convincente e acreditável, visto que a maioria das pessoas passa pela vida física, e morre sem jamais se dar conta da sua ESSÊNCIA PRIMORDIAL. Permanecem presas por toda a vida na complexa e intrincada teia de sua identidade ilusória.

 O arquétipo da Mãe Antiga foi reverenciado e cultuado ao longo de milênios nas sociedades matrifocais da Europa e sobreviveu, mesmo depois da cristianização, em lendas e costumes folclóricos da Alemanha, Suíça, Áustria, Escandinávia, Itália e países eslavos. Memórias da Deusa Anciã pré-cristã encontram-se nas tradições ligadas a um grupo de deusas menores, pouco divulgadas e cujos nomes variam entre Holda, Hölle, Huldra, Reisarova, Gurorysse e Hyrokkin, na Escandinávia; Berchta, Perchta (e suas variantes Percht, Peratha, Bercht, Berta), nos países germânicos; Nicnevin e Gyre Carline, na Escócia; Befana e Lucca, na Itália; Perchta Baba e Baba Yaga, nos países eslavos. 


No fim da Idade Média, lendas da Deusa Anciã se espalharam do Leste ao Oeste e do Sul ao Norte da Europa, descrevendo uma anciã poderosa que sobrevoava o céu acompanhada de espíritos (dos seres falecidos e dos não-nascidos). Ela era cultuada pelas mulheres – conduzidas por bruxas e curandeiras – em vários países, no topo das colinas, invocando as forças fertilizadoras e regeneradoras da terra. Aos poucos, as festas do calendário agrário pagão transformaram-se nos festivais sagrados da Roda do ano, com pessoas reunidas ao redor de fogueiras, comemorando a passagem das estações e a fartura das colheitas com cantos, danças, oferendas, jogos e procissões com máscaras. Assim as chamadas “festas das bruxas”, conduzidas pela “Senhoras da Noite”, eram reminiscências dos antigos Sabbats celtas e Blots nórdicos, em que se realizavam encantamentos, rituais e curas, posteriormente acrescidos com elementos dos costumes folclóricos e contos de fadas. Dos antigos festivais, o mais famoso era o Walpurgis Nacht alemão, o Samhain celta e as festas de celebração do dia primeiro de maio (Maj Fest), comemoradas na Bavária, Suíça, Itália, Lituânia, Eslovênia. Por não conseguir erradicar as tradições ancestrais locais, a igreja católica incorporou a data dos festivais no calendário cristão e manteve a proibição pagã de fiar ou tecer em certos “dias santos” (datas de antigas comemorações das deusas tecelãs), como uma imposição divina cuja transgressão levaria ao castigo (queima da mão pelo “fogo do inferno”).

As grandes religiões atuais são baseadas em figuras e princípios masculinos. Deus, sacerdotes, teólogos e a maioria dos santos, profetas e iluminados são homens ou são figurados como homens. Grandes religiões como a Cristã, Islâmica e Judaica confrontam-nos com uma longa sucessão de figuras paternas e de valores patriarcais. Esta ênfase do masculino estende-se a todos os domínios da sociedade ocidental: a inteligência analítica, o raciocínio linear, a frieza e o controle de sentimentos, a força física, a capacidade de domínio são valores mais considerados do que a intuição, a beleza, a compreensão e a capacidade de exprimir e partilhar sentimentos. Durante séculos ou mesmo milênios, sobretudo na civilização judaico-cristã, os valores femininos foram relegados para um segundo plano, chegando mesmo a serem identificados com o mal, com o demônio. Esta situação deixou as pessoas, principalmente nos países protestantes, cujas Igrejas não incluem o culto de Maria ou dos santos, sem uma referência feminina, sem algo que defendesse, apoiasse e permitisse a expressão dum conjunto de sentimentos que dificilmente se encaixa numa religião patriarcal.



O Paganismo propõe-se recuperar a complementaridade entre homem e mulher, entre macho e fêmea, simbolizados na dupla Deus e Deusa, que não são superiores um ao outro, mas que se complementam. Dentro do Paganismo a Religião Antiga dá à Deusa um papel preponderante, quer nas suas práticas quer nos seus mitos, criando assim o seu principal símbolo e mostrando a sua importância fundamental, quer para as mulheres, quer para os homens. Um dos princípios básicos da Bruxaria é só passar a sua verdade após uma iniciação sistemática, com considerável período de vivência pessoal. Pois sair por aí pregando uma verdade que não se conhece a fundo na prática é dar prova de imaturidade, querendo chamar atenção para si mesma. 

As Bruxas mais experientes sabem o quanto a palavra traz a força da informação, e por maior que seja a verdade nela contida , precisamos ter certeza se a pessoa para a qual direcionamos as palavras está preparada para recebê-las.



A BRUXA VERDADEIRA, jamais fica proclamando seus dons e suas experiências extraordinárias, pois tem consciência de que suas conquistas representam pontos de força na afirmação da sua fé. São os elementos que lhe promovem sustentação energética para enfrentar os desafios naturais do caminho da sabedoria. Mesmo porque, guardar sigilo sobre os ensinamentos é compromisso de fé e respeito para com as nossas ancestrais e tradição. Inclusive, porque sendo uma pessoa consciente das Leis que regem o universo, se torna responsável pelos pensamentos e sentimentos que podem afetar, para bem ou para o mal, a outras pessoas.

Por tudo isso, a responsabilidade da Bruxa é muito maior. Ela sabe que na natureza todas as coisas estão inter-relacionadas. Seus pensamentos e sentimentos são poderosas emanações de força que desconhecem barreiras para chegarem aos seus semelhantes e ao todo.

A verdadeira Luz está ligada ao amor, o verdadeiro amor está ligado à verdadeira vontade, e a vontade gera a PAZ!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sou uma Bruxa


"Sou uma Bruxa

Com rimas e razões
Sou mutável como as estações
A Lua é minha Mãe
E o Sol é o meu Pai,
Junto à Deusa Terra componho o uno.
Sou uma Bruxa, uma criança Pagã.
O espírito livre da Mãe Natureza,
Cresce dentro de mim.
Flui por dentro de mim,
Enrodilhando-me como uma corda enfeitiçada,
Encantando cada sonho que tenho acordada.
Respiro o ar da liberação,
Ardo com o fogo da transformação
Bebo a água da criação.
A magia da terra é a minha conjuração.
Sou uma Bruxa da sombra da luz,
Das Brumas de Avalon e do vôo do corvo.
Sou uma Bruxa que tem orgulho disso reconhecer,
Pois a alma de uma Bruxa.
Não pode morrer..."

Gerina Dunwich

BRUXA



"A natureza é meu lar, meu refúgio, meu sonhar.
Pertenço a ela... Faço parte dela!
Preciso do verde, do azul, do lilás.
De um arco-íris de cores
De frutas e flores, amores e aromas.
Quero cheiro de mata molhada
Quero o vento soprando em meu rosto.
Quero andar sem medo
Quero dormir sob as estrelas.
Sou mulher da terra. Do chão. Sou raíz.
Escolho meu paraíso
E nele planto meu jardim.
Ando descalça por caminhos floridos...
Danço nos camposRodopio no ar.
Tomo banho de chuva nua
Abro os braços e giro.
Olho para o céu e acredito.
Que existe destino.
Existindo eu escolho
Sigo, mudo, me recolho.
Me abro para o mundo
Eu decido.Eu sigo meus instintos.
Sigo as estações.
Eu sou da terra
Do fogo, da água e do ar.
Sou de antes e de agora
Sou flor e espinho
Sou a água, sou o vinho.
Simples...
Sagrada
Sempre... Mulher".

(Ká Butterfly)


LILITH
"Não sou feita de um pedaço teu.
Sou criação independentefeita do mesmo pó
e de saliva e sangue
Desejo e vida
Prefiro o exílio à submissão
Sou teu maior temor
E também teu maior desejo,
mas não podes possuir-me
Pois sou livre
Não sou tua
Sou minha
Eu sou a paixão da noite
Sorrateiramente apareço
em teus sonhos ardentes,
nas noites de Lua Nova
Se permaneço ou sigo adiante
não terás certeza
Pois não sou caminho
Sou abismo
Sou mulher com asas
Meu desejo é a igualdade
De direitos
De prazeres
de ficar por cima 
Sou mulher indomada,
Assumo o meu poder
com destemor e força,
entusiasmo e prazer".

(Fabiane Ponte)

ORAÇÃO À MÃE TERRA Uma oração essênia


“Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra
Pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas.

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra,
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela
Borbulha nos riachos das montanhas
Flui abundantemente nos rios das planícies.

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra,
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra
Ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, nela tu vives e para Ela voltará novamente.

Segue, portanto, as Suas leis
Pois teu alento é o alento Dela.
Teu sangue o sangue Dela.
Teus ossos os ossos Dela.
Tua carne a carne Dela.
Teus olhos e teus ouvidos são dela também.

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra
Não morrerá jamais,
Conhece esta paz na tua mente
Deseja esta paz ao teu coração
Realiza esta paz com o teu corpo.”

FONTE: GOOGLE

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A MADONA NEGRA E SUAS MIL FACES


Quem é a Madona Negra ? Qual a sua primeira face ?
È a Mãe Terra, o Princípio Feminino, nossa Mãe Primordial, símbolo de Sabedoria e Integração dos Opostos. Como perpetuação das poderosas Deusas da antigüidade, ela volta com as características sagradas de Maria. Metaforicamente Virgem, mas não no sentido do Patriarcado, porque não pertence a nenhum homem e sim a todos os homens. Doadora de vida, dela provêm os homens como frutos da Terra e a Ela todos retornam, à Deusa Mãe - Mãe Terra.

As mais antigas manifestações do culto à Mãe Terra datam da pré-história. Uma delas é uma pequena estatueta na qual era representada com seu filho divino, ambos com cabeça de cobra. Sua ligação com os animais torna-se evidente: ora em baixo-relevo, cravados na rocha, ora em outras pequenas estatuas, Ela aparece cercada de leões, pássaros, serpentes, leopardos, touros, peixes - eis outras das suas faces!


Era a Senhora dos Animais que chega até nós nas viagens xamânicas, o Universo da Pré-história, no qual o ser humano sonhava o grande Sonho, grandes dimensões expressavam o poder da gestação - o Ovo Cósmico, círculos concêntricos, mulheres avantajadas com protuberantes seios, nádegas e barriga, traziam este poder. Nádegas para parir, barriga para gerar e os seios para nutrir. É a Mãe Creatrix, outra de Suas mil faces.
Mais próxima dos tempos conhecidos, a Mãe Terra revela outras diferentes faces. Na Suméria, aparece como a muito popular Inanna, de dupla personalidade: de manhã é uma valorosa "Senhora das Batalhas", Deusa dos Heróis; à noite torna-se a Deusa da fertilidade, dos prazeres e do amor. As "prostitutas Sagradas" são suas Sacerdotisas, e todas as mulheres da Suméria tinham como obrigação para com a Deusa Inanna se oferecerem sexualmente no templo para os estrangeiros pelo menos uma vez por ano. Os opostos que se encontram, se harmonizam, e que é o grande poder da Madona Negra, aqui se revelam ! O Sagrado e o profano.

Na Babilônia, Ela é Isthar. Entre os hebreus, é Astarte. Na Frigia, Ela é Cibele (a Diana dos 9 fogos), indicativo de fertilidade. No Egito, Ela é Isis e ainda aparece na face de Nerth a mais velha e sábia das Deusas. Ela é o céu noturno que se arqueia sobre a Terra, formando com suas mãos e pés as portas da Vida e da Morte. Da Grécia, nós temos acesso ao mais rico acervo sobre a Mãe Terra. Da cultura Cretense, Mar Egeu, chega até nós suas sacerdotisas vestidas de peles com os seios à mostra e com serpentes e conchas ao seu redor. Ela, a Mãe Terra, é a Mãe Animal que, como cabra, porca ou vaca, alimenta o pequenino Zeus. No centro deste poderosíssimo culto à fertilidade, vamos encontrar o touro, o duplo machado, o Minotauro e o Labirinto.
A Deusa de Creta - Deméter - é a Senhora do Mundo Inferior, das profundezas da Terra e da Morte. Seu ventre terreno é o ventre também da fertilidade de onde a vida emana. Harmonizar estes Opostos é a principal Força da Madona Negra, ela que é o Negro da Luz. Como doadora de vida, Ela é o útero eterno que, na tradição Yorubá, é a representação da totalidade, o conteúdo e o continente criados. Arquétipo vivo, Ela é o Orixá Oxum, é a representação deste poder da Madona Negra no Candomblé. Senhora de todas as águas, que é o sangue da Terra, é representada também como um peixe mítico ou pássaro. Salve OXUM !


Como Mãe Terra, a Madona Negra era cultuada no mundo pagão com as faces das Deusas do Olimpo, mas, com o início da Era Cristã, este culto passou a ser clandestino. Seus ecos que chegam até nós são os mistérios de Eleuses, no qual se cultuava Deméter e Perséfone.

As 3 grandes Deusas do leste: Ísis, Cibele e Diana de Éfesos, que eram representadas como negras, se estabeleceram no Ocidente antes da dominação romana.
Em Paris, já em 679, Dagoberto II estabelecia o culto àquela "[...] que hoje recebe o nome de Nossa Senhora da Luz", que é a nossa "Isis Eterna". Talvez este seja o marco da transformação da Mãe Terra pagã para a Virgem cristã. As Cruzadas, porém, foram as grandes divulgadoras da Madona Negra. Estatuetas negras encontradas em fontes, grutas, galhos de árvores, das quais emanava um profundo sentimento do Sagrado, eram trazidas por eles que as cristianizavam, colocando o manto e a coroa de Nossa Senhora. Elas traziam uma força incontrolável de liberdade e seu culto era possuidor de um espírito de sabedoria própria, que não se submetia a nenhuma organização ou lei nacionalista. É a volta da divindade feminina que levanta o entusiasmo popular, trazendo-a a um primeiro plano da consciência coletiva. A Humanidade experiencia as mais recentes faces da Madona Negra e Branca, com as aparições marianas da Virgem de Lourdes e La Salete no século XIX, e Fátima no século XX.

Paralelamente, um fenômeno sociológico assombrou o mundo - a revolução sexual feminina, que emancipou as mulheres por meio da igualdade de direitos e deveres. A Madona Negra está a favor, politicamente, do povo e de sua dignidade. Sua face mais importante hoje é a da justiça social. Ela é a consoladora dos Aflitos e dos Excluídos e aparece misteriosamente onde há sofrimento e opressão.

Em todo o mundo, encontram-se as faces da Madona Negra com essas características. Mas, para nós, a sua mais importante face é a de Padroeira do Brasil - Nossa Senhora Aparecida! Descoberta em 1717 no rio Paraíba em São Paulo. É uma pequena e esplendorosa figurinha negra que se apóia numa lua crescente.
Conta a lenda que essa pequenina estátua tornou-se extremamente pesada, impedindo que o pescador a levasse daquele lugar, onde foi feita inicialmente uma pequena guarita para ela. Nesse lugar hoje existe uma cidade-santuário, que acolhe peregrinos de todo o Brasil e do exterior. Milagrosa, poderosa, misericordiosa, ela traz conforto e alento para todos. É a patrona dos ricos e pobres, das prostitutas, homossexuais, travestis, motoqueiros, carroceiros e seus cavalos, desempregados, artistas, e até dos políticos!

Seu coração é grande como a Terra, imenso como o Cosmo, e por isto pode trazer alento ao sofrido povo Brasileiro. Salve Nossa Senhora Aparecida !

FONTE: Carminha Levy

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...