terça-feira, 30 de abril de 2013

Papisa Joana - Segredo que foi escondido pelo vaticano


Esta história começou a rondar a Europa entre os anos 850 e 858. Para alguns, uma mera lenda – para outros, um dos maiores segredos da Igreja Católica.

No ano de 814, Idade Média, que ficou conhecida como a Idade das Trevas, as mulheres eram impedidas de estudar, podiam ser estupradas e até mortas pelos maridos. O conhecimento estava sufocado, os países hoje conhecidos na Europa não existiam, nem os idiomas modernos. Cada região tinha o seu dialeto e a lingua culta era o latim, herdada do Império Romano, que já havia sido derrubado pelas invasões bárbaras. 

Foi neste período sombrio que uma mulher passou a maior parte de sua vida vestida de homem, estudou medicina, foi médica do papa e tornou-se ela mesma papisa – durante dois anos. A história da Papisa Joana foi conhecida até o século XVII, quando o Vaticano resolveu apagá-la da história da Igreja. Não adiantou. Dona Woolfolk Cross pesquisou, descobriu os arquivos e transformou em uma história.



A papisa Joana teria reinado no século IX, sob o nome de João VII. A lenda surge na Europa, por volta do ano 850, e sua força foi tanta que, numa linhagem exclusivamente masculina, gerou na língua portuguesa o feminino papisa, do Latim tardio papissa, em homologia com rei/rainha, imperador/imperatriz, príncipe/princesa etc.

Filha de um cônego inglês, Joana nasceu em Mainz, na Alemanha, em 1814. Como ler e escrever fossem atividades proibidas às mulheres, seu irmão Mateus a alfabetizou às escondidas. Quando o menino morreu, outro irmão de Joana, chamado João, confiou o segredo ao tutor e este aceitou ensinar a ambos o Latim e o Grego, sempre às escondidas.

Ao ser transferido, o tutor prometeu a Joana que tudo faria para ajudá-la. E tempos depois chegou uma carta do bispo local pedindo ao cônego que enviasse Joana à sede da diocese. Ao chegar, Joana foi submetida a vários exames. Foi quando descobriu-se que era moça e não rapaz. Como tivesse demonstrado grande saber, o bispo autorizou que ela prosseguisse os estudos.

Mas havia o problema do alojamento, habitado apenas por rapazes. Então um conde ruivo chamado Geraldo, muito influente junto ao bispo, consegue autorização para Joana morar na casa dele. Todos os dias ela estuda junto com os rapazes, que a maltratam muito, e à noite vai dormir na casa do conde, de onde entretanto certa noite foge e procura o Mosteiro de Fulda.




Seu desempenho nos estudos é extraordinário. O monge médico, gostando muito dela, que todos acham ser ele, ensina-lhe medicina. Em pouco tempo, Joana torna-se o melhor médico do convento e sua fama chega a Roma, ao tempo em que reinava o papa Leão IV. Os cardeais, vendo-o muito doente, chamam Joana para cuidar dele. Curado e agradecido, o Sumo Pontífice a nomeia cardeal. Quando Leão IV morre, os cardeais a elegem papa, e ela, sempre disfarçada de João, toma o nome de João VII.

Mas o conde Geraldo, que era casado e amava Joana, ia a Roma muitas vezes para encontrá-la e acabou por engravidá-la. Joana iria dar à luz às escondidas, mas durante uma procissão passou mal e teve o menino no meio da multidão. Cardeais amigos logo proclamaram “milagre!”, levando-a de volta ao palácio, mas outras fontes dizem que mãe e criança foram apedrejadas até à morte.

Há muitas outras controvérsias sobre Papas. Alguns historiadores contam 261 papas, outros 265, dois quais 215 tiveram morte natural, 6 foram assassinados, 4 morreram no exílio e 1 na prisão. 

A História, cujas vistas morais se elevam acima dos interesses das seitas religiosas, deve pois ocupar se em fazer triunfar a verdade sem se inquietar com as cóleras sacerdotais. Assim, a existência de Joana não deve ferir de modo algum a dignidade da santa sede, pois ela, no decurso do seu reinado, não imitou as astúcias, as traições e as crueldades dos pontífices do nosso século.

Crónicas contemporâneas estabelecem, com toda a evidência, a época do reinado de Joana. Seus autores, sendo padres e monges, todos zelosos partidários da santa sede, eram interessados em negar a aparição escandalosa de uma mulher no trono de São Pedro. Verdade é que muitos autores do nono século não fazem menção a esta heroína, silêncio que atribui-se com justa razão à barbárie da época e ao embrutecimento do clero.

Uma das provas mais incontestáveis da existência de Joana está exatamente no decreto, publicado pela corte de Roma, que proibiu a sua colocação no catálogo dos papas. “Assim, acrescenta o sensato Launay, não é justo sustentar que o silêncio que se guardou sobre esta história, nos tempos que se seguiram imediatamente ao acontecimento, seja prejudicial à narrativa que mais tarde foi feita.

Mais de um século antes de Mariano escrever os manuscritos que deixou a abadia de Fulde, diferentes autores tinham já narrado muitas versões sobre o pontificado da papisa. Porém, foi este sábio religioso que esclareceu todas as dúvidas e suas crônicas foram aceitas como autênticas pelos eruditos conscienciosos, que estabelecem as verdades históricas sobre os testemunhos de homens cuja probidade e luzes são incontestáveis. E com efeito, toda a gente concorda em reconhecer que Mariano era um escritor judicioso, imparcial e verídico; a sua reputação está tão bem estabelecida que a Inglaterra, a Escócia e a Alemanha reivindicam a honra de serem sua pátria. Além disso, o seu caráter de sacerdote e a dedicação que mostrou sempre pela santa sede não permitem que se suspeite de parcialidade contra a igreja católica.

terça-feira, 23 de abril de 2013

O Clã das Sacerdotisas - Compartilhando

Foto: Elves....

Há muitos anos perdidos na eternidade, existia um grupo de mulheres que eram muito importantes. Essas mulheres mantinham em segredo tudo sobre alta magia e a sabedoria esotérica que muitos buscavam.

Eram mulheres que viviam distantes do povo, porém muito perto, por que elas sabiam de tudo o que ocorria ali.

Eram fortes, doces e principalmente lindas, cada um sob sua forma.

Elas participavam de rituais secretos e festas com danças exóticas.

As pessoas tinham respeito e admiração por elas, mas um pouco de medo também, pois eram poderosíssimas e possuíam grande sabedoria e intuição.

Algumas delas eram senhoras, outras, meia idade e, o restante, jovens moças. As mais velhas eram as grandes sacerdotisas, quem detinham maior conhecimento e poder. Eram elas quem escolhia as garotas desde pequenas para participar do clã e transformarem-se em altas sacerdotisas.


Os homens de todas as estirpes procuravam-nas devido sua grande sabedoria, pois muitos queriam bênçãos, outros poder, outros sabedoria e ainda outros o caminho da iniciação.

Havia leitura de oráculos, de sorte, utilizando o Sagrado, para indicar a direção e os caminhos destes poderosos, sábios e guerreiros.

Somente as sacerdotisas iniciadas poderiam passar estes conhecimentos e fazer a leitura de oráculos, enquanto as mais jovens serviam e cuidavam do conforto e do local onde ali se instalavam.

Nas noites onde haviam rituais dedicados ao Sagrado, essas mulheres vestiam suas roupas de sacerdócio, túnicas brancas, rosas, azuis, amarelas, roxas, cheias de véus, ouro e pedras preciosas, utilizando-se do fogo e da música, dançavam e invocavam o Sagrado para trazer a sabedoria, abrir os caminhos e as bênçãos a Terra e ao povo. Eram rituais secretos, mas muitos homens poderosos assistiam guerreiros, soldados, mas só podiam participar se tivessem permissão.



Os rituais serviam ao bem mais elevado, ao Sagrado Espírito e, estas mulheres obedeciam perfeitamente estas leis, sem abusos, diziam a verdade e acima de tudo, estavam unidas pelo amor.

Elas dançavam em volta de grandes fogueiras, balançando suas ancas, entoando cânticos sagrados, passados pelos seus antepassados. Faziam com fervor e amor ao Sagrado, como se o próprio fogo as consumissem e tornavam-nas Unas.

Os homens somente observavam atentamente, sentiam respeito, admiração e reverência, achavam magnífico o balançar das sinuosas silhuetas, as nuances de seus rostos ao calor do fogo, todas aquelas mulheres, independente de suas idades, tornavam-se extremamente belas e atraentes.

Conforme o rito, os corações destas mulheres se tornavam Uno ao Sagrado, transformando na sua forma polarizada feminina, e assim, guiadas até aos homens, os quais eram escolhidos pelos seus corações, suas almas, para receber o júbilo e grandes bênçãos, partilhando da sabedoria e poder que buscavam.

Elas aproximavam-se dançando, traziam flores e o cheiro de jasmim, seus olhos sob a luz do fogo tornavam-se incandescentes de tanto brilho, o puro êxtase, suas auras eram puras e simplesmente irradiantes.


Os homens sentiam-se atraídos, independente se estas mulheres eram velhas ou jovens, elas procuravam-nos com olhos e suas mãos puxavam-nos para dentro da fumaça perfumada, reverenciavam em vozes, nos cânticos, ao Sagrado. Assim, aqueles homens eram guiados para cavernas, próximas as montanhas, onde ocorreriam as grandes iniciações, que eram a transmissão do poder do Sagrado Feminino em união ao Sagrado Masculino.

Essas uniões eram importantes pois traziam poder e proteção necessária aos guerreiros.

As Uniões Sagradas era o encontro de corpos e almas, polaridades yin e yang estavam se alinhando e unidade, tornando-se unidade, em comunhão total das bênçãos do Sagrado.

Essas mulheres eram doadoras, mas ao mesmo tempo, tinham uma vida solitária, pois não podiam se apaixonar, pois uma vez no caminho do sacerdócio, só fugindo para sair, embora que o dom seja reconhecido pelas altas sacerdotisas, elas, as iniciadas, mantinham a sabedoria e mesmo que estivessem longe, sentiriam que suas almas pertenciam a aquele lugar e ao Sagrado que as clamavam interiormente.

Muitos guerreiros se apaixonavam pelas sacerdotisas, pois experimentava nelas, o verdadeiro Amor Divino, e como conseguiam vislumbrar a beleza do Feminino ficavam maravilhados. Então, as sacerdotisas não podiam corresponder aos seus amores, mas o mínimo que podiam fazer eram transmitir um pouco de seus conhecimentos e entendimento do que tinham enxergado até então.


Das jovens sacerdotisas, muitas chegaram a se apaixonarem pelos homens que ali as procuravam pela sabedoria. Elas eram instrumentos Divinos e não era permitido que elas se entregassem antes dos ritos iniciáticos.

Nos rituais das cavernas, após a União Sagrada consumada, devido a doação da energia feminina, as sacerdotisas eram obrigadas a se retirarem de lá ao amanhecer, banhando-se nos primeiros raios solares da manhã, a fim de reenergizar seus centros de poder, deixando os guerreiros nus sob os véus dentro das cavernas.

Se uma sacerdotisa ficasse grávida, fruto das bênçãos das Uniões Sagradas, as crianças eram reverenciadas, sendo as meninas adotadas aos grupos de sacerdócio, e os meninos, eram treinados como soldados.

Algumas sacerdotisas abençoavam famílias com os Filhos Sagrados, as quais eram pais solitários que perderam filhos ou não conseguiam gravidez.

Elas não tinham remorso, mas saudades de seus filhos, frutos de seus ventres, mas sabiam que tinham que seguir seus caminhos e que eles eram protegidos pelo Sagrado.

Muitos homens se aproximavam do local onde as sacerdotisas ficavam mas os meninos soldados protegiam aquele lugar, respeitando as Leis do Sagrado e do clã das Sacerdotisas.

Só entrava quem tinha permissão e se era permitido. 

FONTE: FACULDADE DE HISTORIA DO RIO DE JANEIRO

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Juramento da Sacerdotisa


Que eu seja como a que tece o pano na floresta, profundamente escondida.

Que eu possa fazer o meu trabalho sem interrupção. 

Que eu seja uma exilada, se este é o sacrifício. Que eu conheça a procissão sazonada do meu espírito e do meu corpo, e possa celebrar os quartos em cruz, solstícios e equinócios.

Que cada Lua Cheia me encontre a olhar para cima, nas árvores desenhadas no céu luminoso.

Que eu possa acariciar flores selvagens, cobri-las com as mãos.


Que eu possa libertá-las, sem apanhar nenhuma, para viver em abundância. 

Que meus amigos sejam da espécie que ama o silêncio.
Que sejamos inocentes e despretensiosos. Que eu seja capaz de gratidão. 

Que eu saiba ter recebido a alegria, como o leite materno.



Que eu saiba isso como o meu gato, no sangue e nos ossos. 

Que eu fale a verdade sobre a alegria e a dor, em canções que soem como o aroma do alecrim, como todo o dia e na antiguidade, erva forte da cozinha.

Que eu não me incline à auto-integridade e a auto-piedade.

Que eu possa me aproximar dos altos trabalhos da terra e dos círculos de pedra, como raposa ou mariposa, e não perturbar o lugar mais que isso.

Que meu olhar seja direto e minha mão firme. Que minha porta se abra àqueles que habitam fora da riqueza, da fama e do privilégio.

Que os que jamais andaram descalços não encontrem o caminho que chega a minha porta.

Que se percam na jornada labiríntica.

Que eles voltem.
Que eu me sente ao lado do fogo no inverno e veja as chamas brilhando para o que vier, e nunca tenha necessidade de advertir ou aconselhar, sem que me peçam. 

Que eu possa ter um simples banco de madeira, com verdadeiro regozijo.

Que o lugar onde habito seja como uma floresta.

Que haja caminhos e veredas para as cavernas e poços e árvores e flores, animais e pássaros, todos conhecidos e por mim reverenciados com amor.

Que minha existência mude o mundo não mais nem menos do que o soprar do vento, ou o orgulhoso crescer das árvores. Por isso, eu jogo fora a minha roupa.

Que eu possa conservar a fé, sempre!

Que jamais encontre desculpas para o oportunismo.

Que eu saiba que não tenho opção, e assim mesmo escolha como a cantiga é feita, em alegria e com amor.

Que eu faça a mesma escolha todos os dias e de novo.

Quando falhar, que eu me conceda o perdão.

Que eu dance nua, sem medo de enfrentar meu próprio reflexo.

FONTE: TEMPLO DA SACERDOTISA VIVIANE

HOJE É DIA DA TERRA


Dia do Planeta Terra


Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já mais de cento e cinquenta anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:

"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós.

Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.

Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós.

Dia do Planeta Terra

A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.

Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho. 


Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender.

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro. 

Dia do Planeta Terra

Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.

Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.

Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.

Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra.

O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.

Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos.

Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus.

Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.

Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos.

Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes.

Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver."


FONTE: A Carta do Cacique Seattle, em 1855

domingo, 21 de abril de 2013

A DEUSA CAILLEACH - Rainha da Tempestade

Eu sou a Cailleach, a Deusa do Inverno, Mãe das Montanhas, Lady Ageless de locais escuros, Senhora Antiga da Sabedoria. O inverno traz a primavera, e a morte, eu estou eternamente renovada.

Cailleach fala:

"Meus ossos são frios, meu sangue é ralo.
Eu busco o que é meu.
Eu busco o que ainda não foi semeado.
Eu busco os animais para cavernas quentes e mando meus pássaros para o sul.
Eu ponho meus ursos para dormir e mudo o pelo de meus gatos e cães para algo mais quente.
Meus lobos me guiam, seu uivo anuncia minha chegada.
Os cães, lobos e raposas cantam a canção da noite, a serenata da Anciã, a minha canção.
Eu disse sim à vida e agora digo sim à Morte.
E serei a primeira a ir para o outro lado.
Eu trago o frio e a morte, sim, pois este é meu legado.
Eu trouxe a colheita e se você não colheu suas maçãs eu as cobrirei de gelo.
Após o Samhain, tudo o que fica nos campos me pertence."

Cailleach é a própria terra. Ela é as rochas cobertas de musgo e o pico das montanhas. Ela é a terra coberta de gelo e neve. Ela é a mais antiga ancestral, velada pela passagem do tempo. Ela é a Deusa da Morte, que deixa morrer tudo o que não é mais necessário. Mas é tb ela quem encontra as sementes da próxima estação. Ela é a guardiã da semente, a protetora da força vital essencial ao ressurgimento da vida após o inverno. Ela guarda a própria essência do poder da vida. Ela é o poder essencial da Terra. Nos mitos Celtas Ela representa a Soberania sobre a terra e um rei só podia reinar após realizar o casamento sagrado com Ela, que representa o Espírito da terra.



Cailleach é uma das maiores e mais antigas Deusas da humanidade. Ela é um aspecto da Deusa como a Anciã, principalmente na Escócia. Um derivativo de seu nome, Caledonia, foi dado àquele país. Seu nome, assim como seu título de Mãe Negra, é muito próximo ao nome Kalika, um dos títulos de Kali.
Alguns estudiosos acreditam que ambas sejam derivadas de uma Deusa ainda mais antiga, talvez uma das primeiras expressões da face negra da Deusa já cultuadas pela humanidade. Ela foi e é conhecida por inúmeros nomes: Cailleach Bheur or Carlin, na Escócia; Cally Berry ou Cailleach Beara, na Irlanda; Cailleah ny Groamch, na ilha de Man; Black Annis, na Bretanha e Digne, no país de Gales, todas equivalentes a Kali.



Cailleach também é considerada uma outra forma das Deusas Scathach e Skadi. Na Irlanda ela era conhecida como uma divindade que podia trazer e curar doenças, principalmente de crianças. O nome Caillech significa mulher velha, bruxa ou mulher velada. Sua imagem velada a relaciona com os mistérios de se conhecer o futuro, particularmente a hora da morte de cada um. Nas lendas Medievais ela era a Rainha Negra do Paraíso, aquela a quem os espanhóis chamavam de Califia; a palavra Califórnia vem deste nome.

Cailleach rege o céu, a terra, o Sol e a Lua, o tempo e as estações. Ela criava as montanhas com as pedras que carregava em seu avental, mas também trazia aos homens as doenças, a velhice a morte. Ela era também um espírito protetor dos rios e lagos, garantindo que eles não secariam. Ela controla os meses de inverno, trazendo o frio, as chuvas e a neve. Mas um de seus principais títulos é Rainha da Tempestade, pois com seu cajado ela trazia e controlava as tempestades, particularmente as nevascas e furacões.
Cailleach é a guardiã do portal que leva à parte escura do ano, iniciada no Samhain e é invocada nos rituais de morte e transformação. Nos mitos da troca de poder entre as faces da Deusa ela recebe o bastão branco dos meses de luz e o torna negro para os meses de trevas, devolvendo-o à Donzela no Imbolc. Em alguns mitos diz-se que Ela retorna à terra no Imbolc, tornando-se pedra para acordar somente no próximo Samhain.


Como o Seu nome não aparece nos mitos escritos da Irlanda, mas apenas em histórias antigas e nomes de lugar, presume-se que Ela era uma divindade pré-celta, trazida pelos povos colonizadores das ilhas Britânicas, vindos do leste Europeu, possivelmente da Índia. Ela era tão poderosa e amada que mesmo quando os recém-chegados trouxeram suas divindades, como Brigit, Cailleach ainda continuou sendo lembrada.

Apesar de ser considerada uma Deusa Anciã, Ela é quase sempre representada com um rosto jovem, mostra de seu poder de se rejuvenescer constantemente. Ela possui um aspecto Donzela parecido com Diana, sendo a protetora dos animais selvagens contra caçadores. Ele protege principalmente o cervo e o lobo, assegurando bandos saudáveis. Há um mito antigo que conta que os caçadores oravam a Cailleach para saber onde encontrar os cervos e quantos matar. Ela os guiava para aqueles que podiam ser mortos, desobedecê-la trazia a sua fúria, em forma de ataques de alcateias para a vila dos desobedientes.


Ela também possui um aspecto Mãe, sendo aquela a quem as mães pediam que curasse seus filhos das doenças do inverno. O Gato é um de seus animais sagrados. Em algumas lendas ela toma a forma de gato para testar o caráter das pessoas. Em sua forma humana, ela costumava ir de casa em casa no inverno pedindo abrigo e comida. Os que a acolhiam contavam com sua eterna bênção e proteção e os outros eram amaldiçoados e não atravessavam o inverno incólumes. São também sagrados para ela o corvo e a gralha.
Seu rosto é azul e seus cabelos sempre são representados soltos e brancos, escapando de seu manto e capuz. Ela carrega um caldeirão em uma das mãos e um cajado na outra. O seu cajado ou bastão conferia-lhe o poder sobre o tempo, fazendo dela uma das Deusas mais importantes para a manutenção da vida no planeta. Ela é também uma Deusa associada à crua honestidade e à verdade, doa a quem doer.

Também aparece como uma mulher velha que pede ao herói que durma com ela. Se o herói concorda em dormir com ela, ela se transforma em uma linda donzela.
O Livro de Lecam (cerca de 1400 E.C.) alega que Cailleach Beara era a Deusa da qual se originaram os povos da região de Kerry. Na Escócia ela representa a personificação do inverno, nasce velha no Samhain e fica cada vez mais jovem até se tornar uma linda Donzela em Beltane.
O contacto com esta Deusa ajuda-nos a redescobrir a soberania sobre a nossa própria vida, um tipo especial de poder e confiança. Cailleach, violenta como pode parecer, vive em todos nós. Ela traz-nos a sabedoria para deixar ir aquilo de que não mais precisamos e manter as sementes do que está para vir. Ela vive no limite entre a Vida e a Morte.

FONTE: LENDAS MEDIEVAIS

O Mito da Fênix


A Fênix, é paixão, é fogo, é vitória, é o acordar todos os dias, sabendo que será uma luta, porque não adianta esperar, temos que buscar, essa sou eu.
A Fênix é um pássaro da mitologia grega que quando morria entrava em autocombustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas. Outra característica da Fênix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas.


 
  A Fênix na tradição germânica é a deusa Gullweig. 


Com penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a Fênix vivia quinhentos anos, outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a Fênix queimava-se numa pira funerária. A Fênix, após erguer-se das cinzas, levava os restos ao altar do deus Sol na cidade egípcia de Heliópolis. A vida longa da Fênix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.


Os gregos tinham semelhança com os egípcios que adoravam “benu”, uma ave sagrada semelhante à cegonha. O “benu”, assim como a Fênix, estava ligado aos rituais de adoração do Sol. 

 

 As duas aves somente representavam o Sol, que morre em chamas toda tarde e emerge a cada manhã.


A Fênix, o mais belo de todos os animais místicos, simbolizava a esperança e a continuidade da vida após a morte, possuía uma voz melodiosa que se tornava triste quando a morte se aproximava. A impressão que a sua beleza e tristeza causavam em outros animais, chegava a provocar a morte deles.

  
                                    
Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra. Mas das cinzas erguia-se então uma nova Fênix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípcia e o colocava no Altar do Sol. Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. 


Atualmente os estudiosos crêem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. No cristianismo, a Fênix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição.

 

 Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C.. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por Fênix (phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.

 

A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim..
Na China antiga a fênix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas.

Registros históricos

                              

“Estas criaturas (outras raças de pássaros) todas descendem de seus primeiros, de outros de seu tipo. Mas um sozinho, um pássaro, renova e renasce dele mesmo – a Fênix da Assíria, que se alimenta não de sementes ou folhas verdes, mas de óleos de bálsamo e gotas de olíbano. Este pássaro, quando os cinco longos séculos de vida já se passaram, cria um ninho em uma palmeira elevada; e as linhas do ninho com cássia, mirra dourados e pedaços de canela, estabelecida lá, inflama-se, rodeada de perfumes, termina a extensão de sua vida. Então do corpo de seu pai renasce uma pequena Fênix, como se diz, para viver os mesmos longos anos. Quando o tempo reconstrói sua força ao poder de suportar seu próprio peso, levanta o ninho – o ninho que é berço seu e túmulo de seu pai – como imposição do amor e do dever, dessa palma alta e carrega-o através dos céus até alcançar a grande cidade do Sol, e perante as portas do sagrado templo do Sol, sepulta-o” -

A Fênix, símbolo de ressurreição

A Fênix representa a ave legendaria que vivia na Arábia. Segundo a tradição, era consumida por ação do fogo a cada 500 anos, e uma nova fênix surgia das suas cinzas.
Na mitologia egípcia, a ave fênix representava o Sol, que morria à noite e renascia pela manhã.

 

 FENGHUANG: A LENDA CHINESA O FENGHUANG é um pássaro mitológico que reina sobre todos os outros. Os machos são chamados de FENG e as fêmeas, HUANG. Nos tempos modernos, tal distinção de sexo não é mais feita e as duas denominações foram fundidas numa só para que o pássaro fosse levado em consideração como feminino, da mesma forma como é o dragão, que é essencialmente considerado masculino.

O fenghuang também é chamado de "galo celestial”, já que por vezes, toma o lugar do galo comum no horóscopo chinês. Na região oeste da China é chamado de fênix e pássaro Ho-Oh. Diz-se que sua imagem faz parte do imaginário popular há mais de 7 mil anos.Conta a lenda que a fênix nasceu do sol. Sua plumagem mistura todas as cores conhecidas e seu trinado é uma melodia de 5 notas. A ave banha-se apenas das águas puras que descem da montanha chamada Kunlum, uma das maiores cordilheiras da Ásia que se estende ao longo de mais de 3 mil Km. 


Dizem que aonde a fênix vai as 360 variedades de pássaros se reúnem para lhe prestar homenagem. Assim como os demais animais que são considerados espirituais, a fênix possui em si ambos os sexos. A idéia de que a fênix nascia das cinzas, entretanto, não é dessa versão, mas sim do mito egípcio.

Hou-uo

Um pássaro sagrado para a entrega de boa sorte.
A partir dos tempos antigos, tem sido amado como uma ave considerada como um bom presságio. Hou-uo é o mais sagrados de todas as aves e é considerado como o rei de aves por causa de sua alta espiritualidade.
Um Hou-uo libera um fulgor dourado, a sua plumagem é decorada com cinco cores, seu pescoço é alongado como uma serpente, o seu corpo tem o dragão como os padrões e seu bico assemelha a de um galo.
A disseminação de suas asas exibe forçá-la a quem testemunhas. Sua graça divina significa voltar beleza. Os seus seios latejantes pregar a todos a fazer a coisa certa. O seu abdômen slim significa para a humanidade e de justiça e de aspecto elegante comandando a sua cauda desperta fé.
A primeira parte do seu nome “Hou” indica masculina e segunda metade “ou” indica feminino. Ambos os sexos masculino e feminino começam a sua vida espiritual como insetos e tornar-se sagradas aves após 360 dias.
Esta criatura sagrada nunca mata e muito menos comer insetos vivos. Ela só vive em árvores, o seu habitat natural, só come bambu e sementes.

No oeste do Oriente, a Hou-uo é chamado de Fênix e considerado como um símbolo da vida eterna.

                                   

“Existe outro pássaro sagrado, também, cujo nome é fênix. Eu mesmo nunca o vi, apenas figuras dele. O pássaro raramente vem ao Egito, uma vez a cada cinco séculos, como diz o povo de Heliópolis. É dito que a fênix vem quando seu pai morre. Se o retrato mostra verdadeiramente seu tamanho e aparência, sua plumagem é em parte dourado e em parte vermelho. É parecido com uma águia em sua forma e tamanho. O que dizem que este pássaro é capaz de fazer é incrível para mim. Voa da Arábia para o templo de Hélio (o Sol), dizem, ele encerra seu pai em um ovo de mirra e enterra-o no templo de Hélio. Isto é como dizem: primeiramente molda um ovo de mirra tão pesado quanto pode carregar, então abre cavidades no ovo e coloca os restos de seu pai nele, selando o ovo. E dizem, ele encerra o ovo no templo do Sol no Egito. Isto é o que se diz que este pássaro faz.” – “E a fênix, ele disse, é o pássaro que visita o Egito a cada cinco séculos, mas no resto do tempo ela voa até a Índia; e lá podem ser visto os raios de luz solar que brilham como ouro, em tamanho e aparência assemelha-se a uma águia; e senta-se em um ninho; que é feito por ele nas primaveras do Nilo. A história do Aigyptos sobre ele é testificada pelos indianos também, mas os últimos adicionam um toque a história, que a fênix enquanto é consumida pelo fogo em seu ninho canta canções de funeral para si” – Apolônio de Tiana

FONTE: GOOGLE

sábado, 20 de abril de 2013

Ser Bruxa


"Ser Bruxa é encantar
Seja na rua ou em qualquer lugar,
Fazer da vida uma canção
Que alegra a mente e o coração.

Ser Bruxa é festejar
Seja a lua, o sol ou o altar,
É crer que o mundo se transformará
Num lugar belo, melhor de habitar.

Ser Bruxa é se renovar,
Ser dedicada e se purificar,
Ter sempre amor para dar à alguém,
É saber que tudo é um vai-e-vem.

Ser Bruxa é celebrar
O Universo a se transformar,
É o poder da Natureza
Que nos dá toda essa beleza.

Ser Bruxa é fundamental
Não confunda, não é para o mal.
É apenas a força que nos invade
Para que se cumpra somente a Verdade."




FONTE:Hanah Eve

sexta-feira, 19 de abril de 2013

E QUANDO A MULHER SE TORNOU EVA...


Quando o homem contemporâneo suprimiu a Mãe Divina e a substituiu pela autoridade de um Deus Pai, desarticulou o mecanismo instintivo que produzia o equilíbrio primitivo. Daí surgiu a neurose e outros dramas das sociedades paternalistas, que se dizem pretender devolver a mulher sua honra e seu verdadeiro lugar, um lugar escolhido pelo homem. Buscou-se estabelecer uma "lei racional" contra uma "lei natural". Mas, a "lei natural" se concretiza através do instinto e esse, é algo que não se pode negar. Todo nosso comportamento se apóia na natureza e portanto, a disputa entre a natureza e a razão é uma falsa disputa, mas é a responsável pela cegueira que vive nossa sociedade hoje, que, querendo corrigir o instinto, separou o ser humano do que era sua natureza.

FONTE: Alta Sacerdotisa

SOBERANIA INTERIOR


DA MÃE SERPENTE 
Todas as Deusas são uma Única Deusa pois só existe um Fogo Iniciador e um Princípio de Sabedoria


SOBERANIA INTERIOR 

Sou herdeira das Deusas, Rainhas e Sacerdotisas do passado e as represento hoje aqui trazendo a magia e a força da Grande Mãe à Terra. Nos momentos difíceis da minha vida, nos momentos em que me faltar sabedoria, acredito e tenho a ajuda das minhas antepassadas. 


Que no momento que eu olhar o céu noturno eu saiba que tenho a mesma força das mulheres e homens que reinaram antes de mim e o fizeram guiados pela Sabedoria da Grande Deusa. Que eu como sacerdotisa da Grande Mãe jamais esqueça o meu caminho e quando isto me ocorrer que sempre e sempre eu me religue ao poder da Terra Mãe e a força do Senhor da Natureza. Que eu não tenha medo de olhar o mundo como minhas antepassadas que reinavam sem medo em suas comunidades, países e reinos. Que eu seja sempre a sacerdotisa que acende a fogueira e conhece todos os caminhos do Grande Rito.


Que eu seja a bruxa e a feiticeira, a senhora que conhece os segredos da terra e da magia, que eu seja a Senhora da Vida, senhora do meu próprio destino e rainha de mim mesma exercendo minha própria soberania.Que eu jamais me permita subjugar ou controlar um ser para igualmente jamais ser subjugada e controlada. 

Que eu sempre me lembre que todos os alimentos com que me nutro, as frutas, as ervas, as sementes e os vegetais, o leite e o pão, os animais que lavram a terra e os seres que voam provem do Útero da Mãe e como tal sejam sempre louvados e abençoados para que a colheita da minha vida, da minha alma seja sempre farta. 



Que não haja em mim medo da morte e da mortalha e que eu saiba que sempre e sempre ressurgirei para uma nova vida, até que eu tenha toda a sabedoria e possa me deixar levar, minha alma pelas mares do fluxo da Grande Mãe. 

Que eu jamais tema a mim mesma, e minha face escura de senhora das mortalhas, ceifadora, rainha do caos, amante e feiticeira pois todos as Faces são Uma e nisto esta a sabedoria. 

Que eu jamais tema a velhice e o tempo em que o sangue sagrado cessa de ser deitado a Terra, pois após a Jovem e a Mãe, sou a Grande Sábia, a Velha Anciã, a sacerdotisa de tempos passados e nisso se conserva toda a minha juventude e sabedoria. Por isso sou maga, sacerdotisa e feiticeira.



Que assim se faça 

Pagãos amapaenses promovem 1º encontro pagão do Estado


o último domingo (07/04/2013), foi realizado em Macapá a primeira edição do encontro "Amapá Pagão", organizado e promovido pela wiccan Samara de Oliveira (Aislin Luna) e por Auridan Júnior (Gûlval).
O evento é um importante marco para a história do paganismo no Amapá, pois antes nenhum outro evento do tipo tinha sido promovido no Estado. A iniciativa surgiu a partir da necessidade de integração entre pagãos da cidade de Macapá, que através da internet marcaram o encontro e compareceram ao local marcado. Das 16:00 às 21:00h os participantes conversaram e trocaram experiências sobre suas espiritualidades.
"Foi um reencontro de almas antigas, que reuniu bruxos e magos de várias vertentes do paganismo. Uma tarde e uma noite agradabilíssimas, com conversas, bate-papo, risos e muita descontração. Foi um encontro marcado para que pudéssemos resgatar nossas raízes, valorizar e vivenciar o conhecimento ancestral e reconhecer o sagrado da Natureza.", afirmou Samara, idealizadora do blog "Amapá Pagão".
Um dos objetivos do 1º E.A.P foi a apresentação dos objetivos do blog/grupo "Amapá Pagão". E os organizadores já marcaram a data do segundo evento pagão em Macapá, programado para o dia 1º de maio, onde será celebrado o Beltane. A seguir, registros do encontro.

fonte: google

O 'Portão de Plutão' é descoberto por arqueólogos na Turquia

Portão de Plutão

Um grupo de arqueólogos italianos encontrou ruínas de um antigo templo que a tradição romana diz abrigar um portal para o 'mundo inferior', o hades, descrito em históricos textos gregos e romanos. 

Naqueles tempos a cidade estava na rota de muitos peregrinos que circulavam pela região. Conforme o arqueólogo Francesco D'Andria, da Universidade de Salento (Itália), declarou ao Discovery News, a maioria dos visitantes do templo vinha em busca da água da fonte existente no local, capaz de produzir profecias e visões em sonhos – e ainda aproveitava as fontes termais das proximidades. Segundo escritos de cerca de dois mil anos, esse templo estaria localizado próximo à antiga cidade romana de Hierápolis (perto da atual Pamukkale, na Turquia). Dedicado a Hades (Plutão) e Perséfone (Core), ele abrigaria uma espécie de caverna com vapores altamente mortais, a tal ‘porta do inferno’ – descrita pelo historiador grego Strabo como um local "cheio de um vapor tão nebuloso e denso que dificilmente era possível ver o chão" e no qual "qualquer animal que entre encontra a morte instantânea". 

A descoberta do complexo foi feita a partir da reconstrução das rotas para essas fontes. Em meio às muitas ruínas do local, os italianos identificaram um templo dedicado às deidades do hades e evidências arquitetônicas que batem com as descrições históricas. 

Fora seu aspecto místico, a letalidade da caverna era quase ‘turística’: os pesquisadores explicam que, apesar de serem proibidos de se aproximar da entrada, os peregrinos assistiam aos ritos dos degraus e recebiam pequenas aves para serem levadas até a abertura e comprovar os efeitos fatais.

Segundo D'Andria, a descoberta é excepcional por confirmar informações que só existiam em fontes históricas muito antigas. Ele explica que o templo era popular até o século 4 e foi visitado até o século 6. Com o crescimento do catolicismo, no entanto, acabou abandonado – e, posteriormente, destruído por terremotos e intempéries. Os sacerdotes também bebiam da água alucinógena e sacrificavam touros em honra a Plutão. Os próprios arqueólogos comprovaram os efeitos dos vapores durante as escavações: diversos pássaros que se aproximaram da abertura quente morriam imediatamente com o vapor tóxico.

Os pesquisadores trabalham, agora, na reconstrução digital do local. Essa não foi a primeira descoberta polêmica e mística do grupo: dois anos atrás, eles anunciaram ter encontrado, na mesma região, um túmulo que pode ter pertencido ao apóstolo Felipe, um dos doze discípulos de Jesus Cristo, segundo a Bíblia.


Fonte: Instituto Ciência Hoje

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Amergin e os druidas


A origem dos Druidas na Irlanda se remonta, segundo os antigos anais irlandeses, aos primeiros colonos do país, que pertenceram à tribo de Japhet.
Uma das colônias mais importantes que haviam vindo à Irlanda era a de Milesian. Segundo as antigas tradições, estas pessoas, pertencentes também à raça de Japhetian, passarão desde Scythia à Grécia e logo ao Egito e à Espanha e finalmente da Espanha à Irlanda onde chegaram duzentos anos depois da conquista de Tuatha De Danann, aproximadamente o ano 1530 A.C. Durante o curso de todas as migrações marinhas, os Druidas desempenhavam um papel muito importante e entre eles Caicher foi considerado o mais importante... posto que se diz que ele previu que Erinn (Antigo nome para Irlanda) era seu último destino.
Em sua chegada à Irlanda, os principais druidas dos Milesianos eram Uar, Eithear e Amergin. Amergin era uno dos irmãos Milesianos de sobrenome Glungel. Era Poeta e Juiz da expedição, e um Druida muito conhecido ainda que não tivesse profissão. O Leabhar Gabhala, ou O Livro das Invasões, se refere a Amergin como o primeiro Druida dos Gaélicos na Irlanda ainda que não fosse o único Druida conhecido na Irlanda.

A primeira colônia de Milesianos desembarcou em Kerry e logo marchou em direção à Colina de Tara, o acento dos Reis da Irlanda, ocupada nesse momento pelo Tuatha De Danann, que exigia a supremacia do país. Os reis objetaram que não sabiam nada sobre a invasão e se tivessem sabido, teriam impedido. Assim que eles planejaram deixar a decisão a Amergin.
Amergin decidiu que ele e seus amigos deveriam voltar a suas naves e mover-se a uma distância de nove ondas distante da terra. Se fossem capazes de voltar à terra outra vez a pesar de De Danann, eles conquistariam o país. Enquanto se moviam à distância fixada no mar, os Druidas de De Danann provocaram uma tempestade e a frota se dispersou. Uma frota se dirigiu ao Sul e logo ao Noroeste de novo. A outra estava em perigo devido à tormenta quando Amergin, o poeta e estudioso da frota, se levantou e pronunciou uma entoação druídica. Ao final da oração, a tormenta cessou e os Milesianos desembarcaram de novo. Era uma quinta-feira primeiro de maio e o décimo sétimo dia da lua. Então, Amergin pousou seu pé direito na terra da Irlanda e cantou outro poema em honra da ciência que lhe dá mais poder que os deuses de onde veio.

Eu sou o vento que sopra sobre as águas;
Eu sou a onda do oceano;
Eu sou o murmúrio das ondas;
Eu sou o boi dos sete combates;
Eu sou o abutre na montanha;
Eu sou uma lágrima do sol;
Eu sou a mais formosa das plantas;
Eu sou um valente javali selvagem;
Eu sou um salmão na água;
Eu sou um lago da planície;
Eu sou a palavra certeira;
Eu sou a lança que fere na batalha;
Eu sou o deus que cria ou forma na cabeça do homem o fogo do pensamento.
Quem é o que ilumina a assembléia na montanha, se não eu?
Quem conhece as idades da lua, se não eu?
Quem mostra o lugar de onde o sol vai descansar se não eu?
Quem chama o gado da Casa de Tethra?
A quem sorri o gado de Tethra?
Por que é o deus que forma encantamentos - o encantamento da batalha e o vento da mudança?
Leabhar Gabhala
Então depois de três dias e três noites, os filhos de Mile começaram sua primeira batalha contra Tuatha De Danann em um lugar chamado Sliab Mis, hoje em dia Slieve Mish está no Condado de Cork.
Em um Manuscrito Gales do Século XIV encontramos um poema similar atribuído ao bardo Taliesin, melhor conhecido na Saga Artúriana como Merlin.
Eu fui uma águia
Eu fui madeira no bosque
Eu fui uma espada sendo empunhada
Eu fui um escudo na batalha
Eu fui uma palavra entre as letras
Os dois cantos destacam algumas crenças Druídicas e Célticas. Esta ciência divina, penetrando os segredos da natureza, descobrindo que suas leis era um ser idêntico a estas mesmas forças e manter esta ciência era manter a natureza em um todo. O poeta amadurecido é a palavra da ciência, ele é o deus que concede ao homem o fogo do pensamento, o poeta é a natureza, é o vento e as ondas, os animais selvagens e o braço do guerreiro. Porque o poeta é a encarnação visível da ciência na forma humana. Ele não é só homem, senão também águia ou abutre, árvore ou planta, palavra, espada ou lança. Ele e o vento que sopra no mar, a onda do oceano, o murmúrio das ondas, o lago no planalto. Ele é tudo isso por que ele é o ser universal, porque ele tem a custódia do tesouro da ciência e há provas de que possui este tesouro. Por exemplo, ele sabe calcular as luas, a base do calendário, por que ele pode determinar as grandes assembléias populares. A astronomia não tem nenhum segredo para ele, também pode saber (ninguém mais o sabe) onde vai descansar o sol. Ele é a ciência, é um poeta, é um sonhador. Ele e O Sonhador.

FONTE: Lucas Rafael


segunda-feira, 15 de abril de 2013

PARA VOCÊS


Que todas as tuas preocupações e ansiedades por envelhecer sejam transfiguradas.

Que te seja concedida uma sabedoria com o olho da tua alma, para dislumbrares esse belo tempo de colheita.


Que tenhas o compromisso de colher a tua vida, cicatrizar o que te feriu, permitir-lhe chegar mais perto de ti e fundir-se contigo.

Que tenhas grande dignidade e consciência do Quanto és livre e, acima de tudo, que te seja concedida a maravilhosa dádiva de encontrar a luz eterna e a beleza que está no teu íntimo.

Que sejas abençoado e que descubras um amor maravilhoso em ti por ti mesmo.


"Dizem que não importa qual seja a verdade, as pessoas vêem o que querem ver. Algumas pessoas podem dar um passo para trás e descobrirem que estavam olhando para a mesma cena por todo o tempo.'


As vezes é preciso ser mais fortes do que já somos.
É preciso engolir a seco certas coisas, é preciso olhar com ódio por dentro e um sorriso por fora, pois a justiça divina tarda mais não falha. E um dia ''certas pessoas'' terão o que lhe realmente é de direito. É igual aquela frase: Deus só te dá aquilo que teus ombros podem suportar. E eu mais do que nunca tenho refletido sobre isso, e minha conclusão? Eu aguento, aguento e muito !
Procure no silêncio de sua alma as respostas, sua força sua magia, sua magnitude está no lado desconhecido que fica entre a luz e as sombras, mas dentro de nós mesmos ....!

FONTE:: Paulo Campos Pancanejo 




A alma por vezes se perde em lamentações dolorosas.
Fazendo o ser humano perder o precioso tempo,
na descoberta de novos sabores amargos,
desilusões azedas que antes pareciam doces sonhos.
Abra bem os olhos da alma!
Não se deixe levar pelas flores do primeiro dia,
nem pelas palavras descomprometidas e vazias,
de quem não está realmente do seu lado.
De quem não sabe o que o seu coração tanto deseja.
E saiba que tem muita gente disposta a machucar,
sem sequer pensar no que vai ai dentro, e magoar. 

Respeite-se e faça silêncio para ouvir o seu "eu". 


FONTE: Paulo Roberto Gaefke


"Pouco importa o julgamento dos outros.Os seres são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas, satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro..."

FONTE: OSHO


"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".

FONTE: Luís fernando veríssimo



A verdadeira cura é fazer as pazes consigo mesmo.
O poder curativo do perdão e do amor talvez seja o remédio mais poderoso que temos. E está nas mãos de cada um de nós. E você pode começar com você mesmo!
Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe de sua própria dor e renúncia. Uma coisa é você ACHAR que está no caminho certo, outra é ACHAR que seu caminho é o único!”
FONTE: Paulo Coelho

sábado, 13 de abril de 2013

Hades, o Deus do Submundo, Rei dos Mortos

Blog de mayharashozinni :Mayhara Shozinni, Hades o ''Deus'' do submundo

As pessoas conhecem Hades como deus do Inferno, o que é errado. Hades não é o deus do inferno, mas sim do submundo. Na mitologia grega e em muitas outras mitologias, só que com diferentes nomes, o Inferno é o Tártaro, que fica abaixo do reino de Hades.

Na realidade, o céu e inferno da mitologia, tem algumas diferenças do céu e inferno cristão.
Hades é um dos crônidas, filho de Cronos e Réia. A historia dele se confunde com muitos mitos criados, relacionando-o com o diabo. Mas vamos tentar acabar com isso.

Hades não era cruel, injusto ou demoníaco. Assim como Zeus e Poseidon, seus irmãos, ele era forte, justo e tinha algumas falhas. Hades era quieto, metódico e impaciente, porém a mitologia o mostra como o mais educado e fiel dos Crônidas.


Na mitologia grega, Hades (em grego antigo: Άδης, transl. Hádēs) é o deus do submundo e das riquezas dos mortos. O nome Hades era usado freqüentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra, conhecido na mitologia romana como Plutão.


Na derrota de Cronos, os irmãos, Hades, Poseidon e Zeus, dividiram o universo entre si. Poseidon reinou nos mares e oceanos, Zeus nos céus e Hades no mundo inferior, e a terra era um campo neutro, que sofria a influência direta dos três deuses. A influência de Hades era quase sempre ligada às pragas e desastres naturais e isso ajudou a construir uma imagem maligna, mas a verdade é que na mitologia grega, a construção do herói era feita baseada em testes, desafios e provações e o trabalho tanto de Hera quanto de Hades era elaborar estas provações. Dizem também que os humanos só atingem o ápice de sua humanidade quando estão expostos ao caos, e de tempos em tempos, quando os humanos estão no limite do conflito, é necessário que se instaure o caos para que eles se lembrem de coisas como solidariedade e compaixão.

Em seu reino, Hades recebe todos os mortos, para julgá-los e de acordo com seus pecados cometidos, enviá-los para o Tártaro ou campos Elísios.

Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone filha de Deméter. É interessante observar que, ao contrário de seus irmãos Zeus e Posídon, que tiveram dezenas de filhos, Hades teve apenas uma filha, Macária, sendo poucas as tradições nas quais ele teve mais filhos.

Os mortos que chegavam às portas do submundo, eram recebidos por Caronte, o barqueiro do inferno, que os conduzia através do rio Aqueronte até a entrada do mundo inferior, onde eram levados até os três juízes Éaco, Radamanto e Minos. Após serem julgados, os absolvidos iam para os campos elísios e os condenados, recebiam penas específicas de acordo com o pecado cometido.

Hades, filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus e Posídon. Segundo a lenda, o poder de Hades, Zeus e Posídon era equivalente. Hades era um deus de poucas palavras e seu nome inspirava tanto medo que as pessoas procuravam não o pronunciar. Era descrito como austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante. Invocava-se Hades geralmente por meio de eufemismos, como Clímeno (o Ilustre) ou Eubuleu (o que dá bons conselhos).


Seu nome significa, em grego, o Invisível, e era geralmente representado com o elmo mágico que lhe dava essa habilidade, que ele ganhou dos ciclopes quando participou da titanomaquia contra os titãs. No fim da luta contra os titãs, vencidos os adversários, Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo, Zeus ficou com o céu, e a terra, Posídon ficou com os mares e Hades tornou-se o deus do submundo e das riquezas. Como reinava sobre os mortos, Hades era ajudado por outras divindades, que serão mais tarde citadas. 

O nome Plutão "o rico" (pois era dono das riquezas do subsolo) ou "o distribuidor de riqueza", que se tornou corrente na religião romana, era também empregado pelos gregos, e apresentava um lado bom, pois era ele quem propiciava o desenvolvimento das sementes e favorecia a produtividade dos campos. Como divindade agrícola, seu nome estava ligado a Deméter e junto com ela era celebrado nos Mistérios de Elêusis que eram os ritos comemorativos da fertilidade, das colheitas e das estações. Hades teve uma amante cujo nome era Mente, que foi transformada por Perséfone em uma planta, hoje chamada de menta. Teve também outra amante, Leuces, porém antes do rapto de sua esposa.

Era também conhecido como o Hospitaleiro, pois sempre havia lugar para mais uma alma no seu reino. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte, mas sim do pós-morte. Apenas Ares e Cronos estão relacionados com a prática da morte. Assim, Hades não é inimigo da humanidade, como o são Ares e Cronos. O deus raramente deixava seu mundo e não se envolvia em assuntos terrestres ou olímpicos. Deixou o seu reino apenas duas vezes; uma para raptar Perséfone, a quem tomou como esposa e outra para curar-se, no Olimpo, de uma ferida provocada por Héracles.


Hades é um deus solitário e de pouca demonstração de sentimentos, sua única historia amoroso fala sobre Perséfone, filha de Deméter. Em uma de suas passagens pela superfície, Hades, vitima de mais uma aposta entre Afrodite e o filho Eros, acaba se apaixonando perdidamente pela moça, e a rapta para o submundo.

Sobre o rapto de Perséfone contam-se algumas versões diferentes.

Na primeira, Perséfone, amedrontada com a nova realidade, entra e desespero e definha, clamando pelo socorro da mãe, que pede e intervenção de Zeus. O deus dos deuses, determina então que Perséfone, já então casada com Hades, deveria passar seis meses no submundo e seis meses na superfície ao lado de Deméter.

A segunda versão conta que Deméter ao descobrir o desaparecimento da filha, torna as terras inférteis e infrutíferas, e temendo um caos na terra, Zeus, manda que Hermes desça até o submundo e convença Hades a libertar Perséfone, mas esta, depois de ter conhecido os encantamentos e prazeres que Hades lhe oferece, recusa-se.

Já uma terceira versão, conta que quando Hermes pediu que Hades libertasse Perséfone, ele não se recusou, mas disse que ela só poderia ir se não tivesse comido nenhum alimento do reino inferior, mas como ela havia comido uma romã, Zeus entendeu que ela n tinha rejeitado Hades, então fez o acordo para que ela passasse seis meses no submundo e seis meses na superfície.


Nas imagen, Hades é sempre mostrado como sua visualização cristã, de aparência feia e com chifres, mais muitas imagens são mais fiéis aos mitos e mostram-no com uma aparência humana, com o elmo que usou para derrotar Cronos, e seu fiel cão Cérbero, o guardião dos portões do Inferno.

FONTE: HISTORIA DA MITOLOGIA


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